Quanto o PIB do Brasil vai crescer em 2024? Fazenda deve elevar projeção para cima de 3,3%
Pasta avalia que a economia brasileira segue em ritmo robusto de expansão mesmo com menores impulsos fiscais, impulsionada pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos
O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre deverá fazer com que o governo federal revise para cima a sua projeção para o crescimento da atividade econômica em 2024, afirmou a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda em nota técnica publicada nesta terça-feira.
Conforme divulgado na manhã desta terça pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre. A comparação é em relação aos três meses anteriores e já exclui fatores sazonais. Na comparação com o mesmo período de 2023, o crescimento foi de 4%.
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Atualmente, o Ministério da Fazenda projeta expansão de 3,3% para o PIB deste ano, estimativa que “deverá ser revisada para cima, repercutindo perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços”, segundo a pasta.
PIB do Brasil forte no ano
De acordo com a SPE, os números do trimestre passado “mostraram que a economia brasileira seguiu em ritmo robusto de expansão mesmo com menores impulsos fiscais, impulsionada pelo bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos”.
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“Pela ótica da demanda, essa expansão se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento”, disse.
Para este quarto trimestre, a perspectiva também é de crescimento, “embora com desaceleração” em relação ao desempenho dos três meses anteriores.
“A política monetária mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos”, disse. “Ainda assim, impulsos positivos devem vir do mercado de trabalho, que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o e consumo das famílias.”
No caso de 2025, “destaca-se a boa perspectiva para setores menos cíclicos, como a agropecuária e a produção extrativa”.
“O bom desempenho dessas atividades deve ajudar a mitigar a desaceleração esperada para as atividades cíclicas, mais impactadas pelo aumento dos juros e pelos menores estímulos fiscais”, afirmou.
Com informações do Valor Econômico