PIB: Brasil iguala China e tem 11º maior crescimento global no 3º trimestre
País aparece como uma das economias que mais cresceram no mundo no período
A alta de 0,9% do PIB brasileiro de julho a setembro na comparação com os três meses imediatamente anteriores foi o 11º maior crescimento global em uma lista de 52 países que já divulgaram seu resultado.
O crescimento brasileiro foi similar ao da China, a segunda maior economia global.
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Boa parte das economias que tiveram alta superior à brasileira no terceiro trimestre vinha de desempenho mais fraco nos três meses anteriores – o PIB brasileiro avançou 1,4% de abril a junho.
São os casos, por exemplo, de Cingapura, que lidera o crescimento global no terceiro trimestre (3,2%), mas vinha de alta de 0,5% no trimestre anterior, e do México (avanço de 1,1% agora, ante 0,2% no segundo trimestre).
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O topo da lista de julho a setembro é dominado por economias asiáticas. Além de Cingapura, o ranking das dez localidades que mais cresceram no período é formado por quatro países da região: Indonésia, Malásia, Tailândia e Filipinas.
Na América Latina, o Brasil ficou abaixo do México, mas teve desempenho superior aos de Chile, Peru (ambos com alta de 0,7%), Costa Rica (0,6%) e Colômbia (0,2%). As demais economias da região ainda não divulgaram seu resultado do terceiro trimestre.
Das 52 economias que já apresentaram seu desempenho no período de julho a setembro, apenas sete tiveram retração.
O pior resultado foi o da Noruega, com queda de 1,8%. No caso, a contração foi provocada por serviços de manutenção que derrubaram a atividade petrolífera e de transporte marítimo.
Sem contar esses setores, o PIB norueguês avançou 0,5% em relação ao segundo trimestre. Outros destaques negativos foram Hong Kong e Islândia, ambos com queda de 1,1%.
Taxa de poupança em queda: o que significa?
A taxa de poupança no país atingiu 14,9% no terceiro trimestre ante 15,4% em igual período de 2023. É a menor taxa de poupança para um terceiro trimestre desde 2019, quando tinha sido 13,2%. O indicador corresponde à relação entre o montante poupado da renda das famílias e o PIB do país.
A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, afirma que o movimento de queda reflete o aumento do consumo das famílias após o período da pandemia, quando atingiu 16,4% no terceiro trimestre de 2020 e 17,2% no terceiro trimestre de 2021.
Naquele momento, lembra ela, o isolamento social dificultou o consumo de serviços pelas famílias, especialmente entre aquelas de renda mais alta, que destinam uma parcela maior do orçamento doméstico para este tipo de gasto.
“Agora, com o aumento do consumo das famílias, a gente vê essa taxa de poupança caindo ao longo dos anos, em 2022, 2023 e 2024”, diz Palis.
Com informações do Valor Econômico