Petróleo fecha em alta e sobe mais de 3% na semana, apoiado por cortes russos e sauditas

Cortes realizados pelos países membros da Opep+, junto com restrições voluntárias da Arábia Saudita e Rússia, impactam no mercado

Petróleo fecha em alta e faz Petrobras (PETR3, PETR4) disparar 5% na bolsa. (Foto: Zbynek Burival/Unsplash)
Petróleo fecha em alta e faz Petrobras (PETR3, PETR4) disparar 5% na bolsa. (Foto: Zbynek Burival/Unsplash)

O preço do barril de petróleo no mercado internacional fechou em alta, após operar instável ao longo da sessão. A commodity fecha a semana com ganhos de mais de 3%, com a recente extensão dos cortes na produção saudita e russa apoiando expectativas por restrição na oferta global.

A melhora nas projeções para a economia chinesa também dá apoio, em sinal positivo para a demanda.

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O contrato do WTI para outubro fechou em alta de 0,67% (US$ 0,61), em US$ 90,77 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já os contratos futuros de petróleo tipo Brent, com vencimento em novembro, avançou 0,24% (US$ 0,23), com o preço do barril comercializado a US$ 93,93, na Intercontinental Exchange (ICE).

Petróleo: preço fecha em maior alta em quase dez meses

O petróleo não fechava o pregão com preços tão altos desde novembro de 2022, a quase dez meses. Em relação à sexta-feira passada (8), os contratos mais líquidos do WTI e do Brent subiram 3,72% e 3,6%, respectivamente.

O analista da Oanda Craig Erlam apontou que a commodity valorizou cerca de 15% nas últimas semanas, em um rali que, segundo ele, demonstra poucos sinais de arrefecimento.

“A não ser que dados econômicos se deteriorem, podemos ver o barril a US$ 100 mais cedo do que tarde”, disse ele.

“Cortes realizados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), junto com as restrições voluntárias de oferta da Arábia Saudita e da Rússia, criaram um mercado muito apertado.”

Sobre o pregão

Neste pregão, a cotação chegou a operar em território negativo, dando sinais de correção técnica após elas renovarem máximas em dez meses.

Os preços também foram pressionados por preocupações com a trajetória de juros das principais economias do mundo, à medida que investidores ponderam sobre se um custo maior de petróleo e derivados poderão pressionar a inflação e forçar os BCs a apertarem ainda mais as taxas, segundo o consultor da StoneX Thiago Vetter.

O mercado observou ainda o aumento do número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos, a 515, de acordo com dados semanais da Baker Hughes.

O petróleo ganhou apoio dos cortes de juros e de dados melhores do que o esperado de indústria e varejo na China, em sinal de impulso da segunda maior economia mundo. Alguns analistas, no entanto, ressaltam que ainda é cedo para dizer se a recuperação perdurará.

Alta pode gerar inflação

Em relatório, a Oxford Economics comentou que a alta nos preços do petróleo poderá desacelerar a velocidade da queda da inflação global. “Mas, a menos que os preços subam substancialmente ainda mais ou surjam choques de custos mais amplos e significativos, estamos céticos quanto à possibilidade de que isso tenha um impacto material no timing da mudança dos bancos centrais para postura de cortes das taxas”, disse.

Com informações do Estadão Conteúdo

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