Petróleo fecha em alta e acumula 2% de ganho na semana; é maior patamar em quase 10 meses

Preços responderam à perspectiva de redução da oferta

Plataforma de petróleo P-67 ancorada na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Plataforma de petróleo P-67 ancorada na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O petróleo fechou em alta, no maior nível em quase 10 meses, completando mais uma semana de ganhos. A cotação da commodity continuou sendo pela extensão dos cortes de produção da Rússia e da Arábia Saudita no início da semana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em alta de 0,73% (US$ 0,64) a US$ 87,51 o barril. O petróleo Brent para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou com ganhos de 0,81% (US$ 0,73), a US$ 90,65 o barril.

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A commodity não registrava preços tão altos no fechamento desde novembro de 2022. Em relação à sexta-feira passada (1º), os contratos mais líquidos do WTI e do Brent subiram 2,29% e 2,37%, respectivamente.

Os preços responderam à perspectiva de redução da oferta, com a confirmação, na segunda-feira (5) de que os sauditas e os russos continuarão restringindo suas produções de petróleo.

Um certo clima de cautela diante de sinais de desaceleração econômica na China e na Europa chegou a conter os ganhos em parte do pregão, mas a commodity acelerou alta na reta final. “Ninguém tem dúvida de que a Opep+ manterá o mercado apertado no inverno (no hemisfério norte)”, comentou o analista da Oanda Edward Moya, que calcula que os cortes da Opep+ aumentarão o déficit da oferta global a perto de 2 milhões de barris por dia.

Para ele, o rali do petróleo tem chance de se sustentar, caso apareçam mais evidências de que a China está se estabilizando. “Se o dólar também começar a se enfraquecer, isso poderia fornecer uma camada a mais de apoio indireto aos preços do petróleo”, falou.

Já o analista da CMC Markets Michael Hewson alerta que há riscos na abordagem saudita e russa. Se exagerada, ela poderia causar destruição de demanda em uma economia global já frágil, dada a fraqueza contínua de dados econômicos da Europa e da China nos últimos dias. Ontem, o mercado acompanhou a revisão para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro e a queda nas exportações e importações chinesas.

Com informações do Estadão Conteúdo

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