Petrobras tem interesse em fazer emissões de green bonds no futuro, diz diretor financeiro

Rodrigo Araujo disse que a empresa monitora o mercado de operações financeiras na área de sustentabilidade

Palácio Petrobras na Avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)
Palácio Petrobras na Avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Getty Images)

O diretor financeiro da Petrobras, Rodrigo Araujo, disse que a companhia tem interesse em fazer novas operações financeiras na área de sustentabilidade como a emissões de green bonds (títulos verdes). Segundo ele, não há emissões previstas, mas a empresa monitora o mercado.

“Tendo oportunidades, é algo que interessa a companhia sim. A dívida da companhia está num patamar adequado. Não fazemos operações com tanta frequência. No caso dos green bonds, tem a questão de que o mercado está bastante volátil, não estão tendo operações relevantes no mercado. Mudando o cenário e voltando a se ter uma janela que seja atrativa, a gente vai estudar sim”, disse ao Valor.

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Na manhã desta segunda-feira (11), a Petrobras anunciou que fechou uma da empresa. A operação fechada com os bancos Bank of China, MUFG e The Bank of Nova Scotia prevê a redução dos juros pagos conforme a melhoria dos indicadores de desempenho de intensidade de gases de efeito estufa do E&P (exploração e produção) e do refino e da menor intensidade de metano no E&P.

A operação foi a primeira desse tipo fechada pela estatal. De acordo com o diretor financeiro, as negociações estavam em curso desde o início do ano.

“É uma operação que, além de reforçar compromissos ambientais da Petrobras, é competitiva com o portfólio de dívida da empresa”, ressaltou Araujo.

Já o diretor de relacionamento institucional e sustentabilidade da companhia, Rafael Chaves, afirmou ao Valor que a Petrobras vai aprofundar a agenda de sustentabilidade no próximo plano estratégico.

De acordo com o executivo, a companhia deve passar a ter indicadores de eficiência nos segmentos de Gás e Energia e Logística. Atualmente, a estatal tem metas de redução das emissões totais de gases de efeito estufa nesses segmentos, mas deve passar também a controlar as emissões relativas por produtos entregues, o que já ocorre nos segmentos de E&P e refino.

“Já temos metas de eficiência atreladas a gerentes executivos e a gente vai passar também a ter metas de eficiência atreladas a diretores, no Gás e Energia e Logística”, disse Chaves.

Além disso, a companhia também deve anunciar novas metas para a redução das emissões totais de metano nas operações, de acordo com o executivo.

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