Petrobras propõe pagar R$ 27 milhões em salário e bônus à diretoria

A companhia também provisionou mais R$ 13,09 milhões em bônus atrelados ao atingimento de metas

Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Petrobras propôs pagar um salário anual de R$ 14,17 milhões, no total, à diretoria da companhia, referente ao período entre abril de 2022 a março de 2023. A companhia também provisionou mais R$ 13,09 milhões em bônus, atrelados ao atingimento de metas. As cifras, somando-se salário e remuneração variável, representam um aumento de 0,5% em relação ao exercício anterior e serão divididas entre os nove diretores da empresa.

A proposta será deliberada pelos acionistas da companhia na assembleia geral ordinária (AGO) marcada para 13 de abril. Segundo a empresa, não está previsto reajuste nos honorários dos membros da diretoria.

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No total, a Petrobras propõe reservar R$ 39,584 milhões como remuneração global dos administradores da companhia, sendo R$ 37 milhões para a diretoria e R$ 2,5 milhões para o conselho de administração. O valor equivale a uma redução de 15,9% em relação ao ano anterior, pois não inclui o pagamento de INSS e FGTS previstos em 2021. Se desconsiderados o pagamento desses encargos no ano passado, a remuneração prevista para este ano terá um aumento de 0,37%.

Nem todo o valor provisionado, porém, é desembolsado de fato. Isso porque a remuneração global inclui benefícios pós-emprego e de cessação do exercício do cargo (projeção de pagamento de até seis salários ou pró-labore em casos em que o diretor sai da companhia e tem de cumprir quarentena).

Além da remuneração da administração, os acionistas também vão deliberar sobre a destinação do lucro recorde de R$ 106,6 bilhões registrado em 2021. Isso inclui o pagamento de R$ 101,39 bilhões em dividendos, correspondentes a 95% do lucro líquido da companhia — ou a R$ 7,7 por ação em circulação. Desse total, R$ 64 bilhões já foram pagos de forma antecipada em 2021 e mais R$ 37,3 bilhões serão pagos em maio.

O valor está de acordo com as regras da política de remuneração aos acionistas aprovada no ano passado. A política prevê que sempre que a dívida bruta cair para menos de US$ 65 bilhões, a companhia deverá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de imobilizados e intangíveis. A data de corte para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 será no dia 13 de abril.

Além disso, os participantes da AGO também vão eleger 11 membros para o conselho de administração (CA) da estatal, além de cinco membros para o conselho fiscal.

A União indicou Rodolfo Landim para o cargo de presidente do CA, além dos conselheiros Joaquim Silva e Luna (atual presidente da companhia), Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, Luiz Henrique Caroli, Ruy Flaks Schneider, Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza e Carlos Eduardo Lessa Brandão. A representante dos empregados da estatal é Rosangela Buzanelli Torres, que foi reconduzida pelos funcionários.

Para o conselho fiscal, foram indicados Agnes Maria de Aragão Costa, Sérgio Henrique Lopes de Sousa, Janete Duarte Mol, além dos suplentes Marisete Fátima Dadald Pereira, Alan Sampaio Santos, Otavio Ladeira de Medeiros.

A assembleia também vai analisar os resultados financeiros da companhia em 2021.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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