Petrobras (PETR4) mostra gana de investir, controle de risco e boa nova para acionista
Anúncio do plano estratégico da Petrobras (PETR4) coloca a estatal petroleira em boa condição, analisam especialistas após divulgação.
O mercado reagiu de forma positiva ao plano estratégico 2025-2029 da Petrobras (PETR4). Na bolsa de valores, o principal índice de ações, Ibovespa, subia mais de 1% no início da tarde desta sexta-feira (22), alcançando a máxima do dia até o momento, perto de 129 mil pontos.
Dessa forma, o índice é especialmente beneficiado pela forte alta das ações da Petrobras (PETR4). Assim, a petrolífera prevê distribuição de até US$ 55 bilhões de dividendos aos acionistas entre 2025 e 2029.
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Então, como os analistas viram o plano de negócios apresentado pela petroleira?
BofA: investimentos acima do esperado
Dessa maneira, o Bank of America (BofA) destaca os investimentos acima do consenso do mercado no plano da Petrobras, apesar do número ser menor em relação ao plano anterior.
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No entanto, os analistas do BofA veem como positiva a combinação de pagamento de dividendos extraordinários, aumento do teto de endividamento e foco contínuo no segmento de produção e exploração.
Assim, o BofA decidiu manter sua recomendação de compra para a Petrobras. O banco tem preço-alvo a US$ 18,50 para os recibos de ações (ADRs) da companhia.
UBS BB: menos riscos
O UBS BB afirma que muitos acionistas mantém os papéis da petroleira de olho nos proventos. A Petrobras deve apresentar rendimentos de dividendos entre 14% e 18% para 2025. Ao mesmo tempo entregará crescimento da produção.
O UBS BB considera a Petrobras a empresa mais interessante do setor. E a casa considera esse retorno aos acionistas e o crescimento esperado entre 18% e 20% para o fluxo de caixa livre.
Dessa maneira, a casa mantém a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 47 para os papéis preferenciais (PETR4), que há pouco subiam 3,9%, a R$ 39,38.
Para as ADRs negociadas em Nova York, o preço-alvo do UBS BB é de US$ 18,10.
XP: equilíbrio entre investimentos e retorno
Então, os analistas da XP, Regis Cardoso e Helena Kelm, escrevem que havia espaço para distribuições um pouco maiores de dividendos, em torno de US$ 4,5 bilhões. Mas o resultado mais importante foi o pagamento efetivo dos dividendos que o mercado esperava e o governo precisava.
Já sobre o plano de negócios 2025-29, a XP afirma que se trata de uma evolução do plano anterior 2024-28. Evolução em vez de uma revolução completa.
“Essa é uma boa notícia, especialmente considerando a mudança na administração no início deste ano, que levantou preocupações sobre um afastamento do plano de negócios e um aumento repentino nos gastos.”
Então, os analistas seguem:
“Dito isso, muitos dos principais tópicos desse plano foram antecipados no comunicado de imprensa da Petrobras (PETR4) na segunda-feira, de modo que o anúncio de quinta-feira não trouxe surpresas significativas.”
Assim, uma surpresa positiva no plano foi a redução da exigência de caixa mínimo para US$ 6 bilhões.
Ao mesmo tempo, o teto da dívida bruta foi aumentado para US$ 75 bilhões. Isso permite flutuações temporárias acima da meta de dívida bruta de US$ 65 bilhões.
“Em nossa opinião, a combinação dessas duas mudanças permite maior flexibilidade para o pagamento de dividendos extraordinários.”
Dessa maneira, a XP reiterou sua recomendação de compra para as ações preferenciais e recibos de ações (ADRs) da Petrobras, com preços-alvos de R$ 46 e US$ 17.
Goldman Sachs sobre Petrobras (PETR4)
Em recentes conversas com os clientes, o banco norte-americano menciona que os fatores apresentados estavam em linha com o esperado.
Então, entre as observações, os analistas destacam a curva ‘mais plana’ de investimento, o novo teto de dívida bruta mais alto, a posição de caixa mínima mais baixo e a revisão para cima na projeção de produção para o próximo ano.
“Vemos espaço limitado para uma reavaliação (a menos que o mercado comece a precificar as chances de uma privatização devido às eleições presidenciais em 2026), especialmente no contexto das preocupações com o mercado de petróleo”, avaliam Bruno Amorim, Guilherme Costa e Guilherme Bosso. Eles assinam o documento.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para os recibos de depósito (ADRs) da Petrobras negociados na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), com preços-alvo de US$ 17,00 para os recibos PETR3 e de US$ US$ 15,40 para PETR4.
No caso das ações negociadas na B3, o preço-alvo para as ações ordinárias é de R$ 48,10 e para as preferenciais é de R$ 43,70.
Com informações do Valor Econômico.