Oi tem 14 credores e dívida total de R$ 30 bilhões
Lista inclui de banco chinês a fundo de previdência
A operadora Oi, que conseguiu proteção da Justiça contra seus credores um mês e meio depois de ter encerrado sua primeira recuperação judicial, apresentou à 7ª Vara Empresarial do Rio sua lista de credores.
De acordo com o documento, a empresa apresenta 14 credores e uma dívida total de R$ 29,751 bilhões. Os valores se referem à dívida consolidada da empresa em 31 de dezembro de 2022.
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O maior credor da operadora na relação é o Bank of New York Mellon, que aparece como trustee, ou seja, que administra títulos de dívida da Oi adquiridos por uma série de investidores. Ao todo, a instituição aparece como credora de US$ 1,73 bilhão do banco, o equivalente a R$ 9 bilhões.
Em segundo lugar, com crédito em moeda nacional de R$ 8,26 bilhões, aparece o agente fiduciário GDC Partners. Em terceiro, a Wilmington Trust de Londres, que aparece como credora da Oi em três operações em dólar que, somadas, equivalem a US$ 1,03 bilhão (R$ 5,36 bilhões). O China Development Bank, banco de desenvolvimento chinês, tem a receber US$ 731,97 milhões (R$ 3,82 bilhões) da operadora.
Entre os bancos nacionais, o que tem maior exposição, de acordo com o documento apresentado pela operadora à Justiça, é o Itaú BBA. A dívida da empresa com a instituição financeira é de R$ 2 bilhões.
Há ainda outros oito bancos brasileiros credores da Oi. São eles: Banco da Amazônia (R$ 100 milhões), Banco do Nordeste do Brasil (R$ 156,4 milhões), Bradesco (R$ 34,4 milhões), Santander (R$ 2,2 milhões), ABC Brasil (R$ 2,5 milhões), BNP Paribas (R$ 675 mil), Fibra (R$ 29 mil) e Modal (R$ 25 mil).
Por Ivan Martínez-Vargas