XP investe na internacionalização das carteiras para ampliar crescimento

Plataforma busca cada vez mais transformar os assessores em planejadores financeiros

Diante da persistência dos juros altos no Brasil e do retrocesso na diversificação dos investimentos, altamente concentrados em renda fixa, o aumento na internacionalização da carteira dos clientes será uma das vias de crescimento da XP em 2025.

Segundo Diego Correia, sócio responsável pela XP International, volumes a partir de US$ 500 mil já usavam o serviço desde 2011, mas a empresa vem ampliando o acesso ao segmento e disponibilizou via plataforma o acesso para mais de 1,8 milhão de clientes.

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Ele explica que, para valores até US$ 500 mil, o investidor tem atendimento via aplicativo, com curadoria de opções em renda variável, fundos e títulos, conta e cartão globais. Acima desse valor, o atendimento é direcionado ao segmento private, que inclui atendimento personalizado, relatórios e mais opções de ativos, também com curadoria.

A XP International tem ainda o segmento de empresas e planejamento de fortunas, que abrange a gestão de ativos em outras instituições. Atualmente, o braço da XP tem 250 mil clientes e US$ 12 bilhões sob administração.

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“Clientes que têm acima de R$ 10 milhões já orientamos à diversificação internacional”, comenta Correia. Ele cita pesquisa feita na base da XP que mostra que 76% dos clientes que abriram conta global mas não começaram a operar pretendem fazer os primeiros investimentos nos próximos meses.

O principal motivo citado para a espera é “falta de conhecimento”.

Por isso, a ideia é concentrar esforços na educação financeira dos clientes e dos assessores de investimento nesse sentido. Segundo ele, a ideia é cada vez mais transformar os assessores da empresa em planejadores financeiros, auxiliando o investidor com uma visão holística, e tornar a alocação internacional um padrão na carteira dos clientes.

Hoje, 63% dos que já investem no exterior alocam em ações, sendo 51% do volume em Exchange Traded Funds (ETFs); 39% em títulos privados, a maioria de empresas brasileiras (74% do montante); 15% em Treasuries, os papéis do Tesouro americano; e 13% em fundos, com predominância de produtos de BlackRock e JPMorgan.

Atualmente são 250 fundos brasileiros operando mercado global e 80 estrangeiros operando América Latina com a XP.

Com informações do Valor Econômico

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