Taxação de apostas esportivas e cassinos online vai à sanção

Tributação será de 12% sobre receita das empresas e 15% sobre prêmio de ganhadores

- Ilustração: Renata Miwa
- Ilustração: Renata Miwa

O projeto de lei da taxação de apostas esportivas online, as chamadas ‘bets’, vai à sanção do presidente Lula. O texto passou pela Câmara dos Deputados, que voltou a incluir jogos online esportivos e não esportivos, como cassinos e bingos na regulamentação. O Senado retirou esse trecho, mas voltou a lei.

Assim, o projeto é a última medida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para zerar o déficit das contas públicas em 2024 e que não havia sido aprovada pelo Congresso.

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Conforme a equipe econômica, se espera arrecadar cerca de R$ 12 bilhões com a proposta. A expectativa também é que mais de 130 empresas interessadas regulamentem as atividades no Brasil.

Principais pontos da proposta

Atualmente, este mercado não é ilegal no país, mas não há regulamentação nem taxação de apostas esportivas e, portanto, as companhias não pagam impostos. Então, com o projeto de lei, a taxação de apostas esportivas será da seguinte forma:

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  • empresas de apostas e cassinos online vão passar a pagar 12% de imposto sobre o seu faturamento (receitas);
  • apostadores pagarão 15% sobre o Imposto de Renda da Pessoa Física, com valores que ultrapassarem R$ 2.112 em um ano.

Proibições de jogadores

Logo, não podem participar de apostas esportivas ou não esportivas online:

  • menores de 18 anos;
  • pessoas diagnosticadas com distúrbios de jogo;
  • pessoas com influência sobre os eventos esportivos ou plataforma de jogos;
  • dirigentes esportivos, técnicos, árbitros, agentes e atletas.

Abertura de empresas de apostas

Portanto, as apostas só poderão ser de empresas autorizadas pelo Ministério da Fazenda, que tenham sede e administração no país. O quadro de sócios precisa ter um brasileiro detentor de, pelo menos, 20% do capital social.

O acionista controlador não poderá atuar de forma direta ou indireta em organização esportiva profissional, não poderá ser dirigente ou vinculado a instituições financeiras que processem as apostas.

As companhias interessadas vão precisar desembolsar até R$ 30 milhões pelo direito de exploração de até 3 marcas comerciais por até cinco anos.

Divisão da arrecadação

Por fim, o ministério do Esporte e os Comitês Esportivos vão ficar com a maior parte da arrecadação (36%) da taxação de apostas esportivas. O resto será divido entre Turismo (28%), Segurança Pública (14%), ministério da Educação (10%) e seguridade social (10%).

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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