O que as tarifas prometidas por Donald Trump podem significar para a Apple?

A maior parte da fabricação da Apple é feita na China, mas na última vez que Trump foi presidente, a fabricante do iPhone estava isenta de tarifas. Mas isso pode mudar

Analistas que acompanham a Apple estão tentando decifrar o que um aumento de tarifas pode significar para a fabricante do iPhone.

Com a eleição de Donald Trump para outro mandato como presidente, os investidores estão pensando em como os planos econômicos dele podem impactar seus portfólios.

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Suas propostas incluem o aumento de tarifas sobre importações — especificamente uma tarifa de 60% sobre produtos vindos da China.

A maior parte da fabricação da Apple é feita na China, mas na última vez que Trump foi presidente, a fabricante do iPhone estava isenta de tarifas.

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Se isso mudar desta vez, o analista Edison Lee, da Jefferies, escreveu que a margem bruta da Apple pode ser impactada negativamente entre 3% a 6,7%.

“No pior dos casos, o iPhone será ‘tarifado’ em 60% para todo o seu conteúdo não americano”, ele escreveu em relatório nesta sexta-feira (15)

“O que equivaleria a US$ 256 por telefone, ou 22% do seu ASP [preço médio de venda]”.

Barron’s também prevê problemas para Apple

A Barron’s relatou anteriormente que a proposta tarifária de Trump poderia adicionar US$ 240 ao custo do iPhone.

No entanto, o problema não para por aí, pois outros países querem que a Apple produza localmente, disse Lee.

“Como os mercados emergentes serão os principais impulsionadores do crescimento dos produtos da Apple, como o iPhone, a crescente demanda por produção local provavelmente colocará pressão de margem de longo prazo na Apple e sua cadeia de suprimentos”, ele escreveu.

“A tarifa potencial de Trump pode ser apenas o início de um problema de longo prazo de aumento de custos devido à produção local”.

A Apple não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Barron’s.

Alguns analistas não acham que é hora de se preocupar, no entanto.

Dan Ives, da Wedbush, disse à Barron’s que acha que a Apple ficará isenta das tarifas novamente.

“Acreditamos que o latido será muito pior do que a mordida quando se trata de tarifas relacionadas à Apple”, disse Ives.

“Acho que os investidores estão encarando tudo com ceticismo porque já passamos por esse caminho e, no final das contas, a situação das tarifas, apesar de todo o barulho, acabou sendo muito menos onerosa quando você olha para a última vez.”

As ações da Apple caíam 1,4%, para US$ 225,10.

Os papéis se valorizaram em 17% este ano, em comparação com o aumento de 23% do S&P 500.

Com informações do Valor Econômico

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