Com forte demanda, Raízen (RAIZ4) capta US$ 1 bi com ‘bonds verdes’
Raízen vai usar o dinheiro para quitar dívidas e em propósitos corporativos gerais, com o compromisso de alocar o mesmo montante em projetos sustentáveis
Pela segunda vez no ano, a Raízen (RAIZ4) voltou ao mercado de títulos de dívida no exterior (conhecidos como bonds) e captou US$ 1 bilhão na emissão.
O plano inicial era levantar US$ 750 milhões, mas a forte demanda – de mais de US$ 3,5 bilhões – permitiu à companhia elevar o montante com uma taxa menor que da operação mais recente.
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Nesse sentido, em fevereiro a Raízen levantou US$ 1,5 bilhão.
Títulos são considerados ‘verdes’
Os títulos são rotulados como “verdes”. Dessa forma, a Raízen vai usar o dinheiro para quitar dívidas e em propósitos corporativos gerais, com o compromisso de alocar o mesmo montante em projetos sustentáveis.
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A remuneração (yield) é equivalente ao rendimento dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) com acréscimo de 2,18% ao ano, segundo fontes que acompanharam a operação.
A princípio, a estimativa inicial era de um spread de cerca de 2,5%.
Na emissão de fevereiro, os bonds foram emitidos em duas séries. Uma delas, de US$ 1 bilhão, com vencimento em dez anos, teve spread de 2,2%.
Mas na outra, de US$ 500 milhões, com prazo de 30 anos, o spread ficou em 2,65% ao ano.
Petrobras e Eletrobras fizeram captações recentes
Antes da Raízen, Petrobras e Eletrobras captaram na semana passada US$ 1 bilhão e US$ 750 milhões, respectivamente, em duas ofertas marcadas também pela forte demanda.
Na emissão da Eletrobras, a demanda foi quase quatro vezes maior que a oferta.
A “janela” de captação de setembro deve ser uma das mais movimentadas do ano para companhias brasileiras, segundo bancos de investimento.
Ambiente é positivo para emissões
Isso porque, além do nível atual das taxas, alguns nomes poderão antecipar ofertas para fugir da volatilidade comum em períodos eleitorais.
A saber: os americanos vão às urnas para decidir o nome do próximo presidente no início de novembro.
Assim sendo, o ambiente não é propício apenas para captações de empresas brasileiras. Desde o início do mês, companhias de outros países latinos também conseguiram ofertas lá fora.
Argentinos e mexicanos fizeram emissões recentes
Só nesta semana, foram anunciadas operações da argentina Edenor e da mexicana Fiemex, ambas atuantes do mercado de energia.
Na primeira semana do mês, a estatal argentina de petróleo YPF emitiu US$ 500 milhões. Sociedad Química y Minera de Chile e BBVA Mexico ampliaram a lista de captações.
Na operação de emissão de bonds da Raízen, atuam os bancos Citi, Itaú BBA, Morgan Stanley e Santander.
Com informações do Valor Econômico