‘Não acredite na euforia’, diz XP sobre possível privatização da Cemig (CMIG4)
Relatório mostra que constituição de Minas dificulta a privatização de ativos estaduais e a legislação local exige a aprovação da assembleia e um referendo antes de qualquer tentativa de privatização
Os projetos de lei que viabilizam a privatização da Copasa e da Cemig (CMIG4) possuem poucas chances de serem aprovados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Essa é a avaliação da XP, visto que governo de Romeu Zema (Novo) e o Legislativo estadual possuem uma relação tensa.
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Em relatório intitulado “Cemig: Não acredite na euforia”, a instituição financeira sustenta que os projetos possuem pouco tempo para serem avaliados.
Já que no segundo semestre de 2026 haverá eleições estaduais e federais, o que torna qualquer privatização mais difícil de implementar.
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A constituição de Minas Gerais dificulta a privatização de ativos do Estado. A legislação local exige a aprovação da ALMG e um referendo antes de qualquer tentativa de privatização.
Assim, para contornar isso, uma mudança na constituição é necessária, exigindo pelo menos 60% dos votos da assembleia.
Situação que a XP acredita ser difícil de acontecer na possível privatização da Cemig, considerando a relação entre a ALMG e Zema.
Avaliação da privatização da Copasa
Outro ponto destacado pelo banco é que, no caso da Copasa, o projeto de lei estabelece uma autorização para a empresa alterar seus contratos com os municípios.
O que estenderia o período da concessão ou seu propósito, e para incorporar a subsidiária Copanor, que opera concessões no norte do Estado.
Para a XP, isso estabelece, no entanto, outra dificuldade para o avanço da privatização da Copasa.
Isso porque os municípios atendidos pela empresa, incluindo a capital Belo Horizonte, devem concordar com uma solução comum para as concessões.
O que pode ser, assim, um processo demorado.
Em paralelo com a privatização recente da Sabesp, a XP explica que a aprovação da assembleia estadual veio acompanhada de um acordo com todos os municípios atendidos.
O que fez com que o tempo entre a aprovação da assembleia estadual e a privatização final fosse curto.
Com informações do Valor Econômico