Preocupações com demanda pelo iPhone podem pesar sobre ações da Apple
Para analistas, tempo de chegada de atualizações aos mercados globais, concorrência de outros fabricantes e consumidor ainda pressionado podem diminuir demanda pelo iPhone 16
O último lançamento do iPhone da Apple significa mais um setembro cheio de conversas sobre a demanda por pré-vendas. Um analista do Morgan Stanley diz que os investidores precisam ignorar o barulho.
A Apple anunciou seu tão esperado iPhone 16 em 9 de setembro durante o evento de transmissão ao vivo Glowtime.
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Antes do evento de lançamento, analistas de Wall Street estavam compartilhando muitos comentários otimistas sobre suas expectativas de quantas pessoas trocariam seus modelos antigos de iPhone para esses novos, especificamente para acessar o novo software de inteligência artificial generativa.
Mas o evento de lançamento deixou Wall Street querendo mais. De 9 de setembro até o fechamento do mercado de ações na terça-feira (17), as ações da Apple caíram 1,9%.
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Tempo de atualização nos mercados globais
No entanto, um problema que os investidores enfrentam é o tempo que a Apple levará para lançar suas atualizações de IA globalmente.
A empresa disse que as versões em inglês dos Estados Unidos do Apple Intelligence serão lançadas em outubro.
Já o inglês localizado será lançado em alguns outros países em dezembro.
Idiomas como chinês, francês e espanhol serão lançados “no próximo ano”.
O tempo que levará para essas atualizações chegarem aos mercados globais, além da concorrência de outros fabricantes de smartphones e de um consumidor ainda pressionado, levou alguns analistas a acreditar que a demanda pelos novos telefones será abaixo do esperado, pelo menos por enquanto.
China deve ser fator decisivo
O analista do Barclays, Tim Long, escreveu em uma nota de pesquisa na segunda-feira que o número total de pré-vendas do iPhone 16 na China está abaixo do mesmo período do ano passado.
Assim, Long classifica as ações da Apple como venda, com um preço-alvo de US$ 186.
O analista do Morgan Stanley, Erik Woodring, que classifica as ações da Apple como compra, com um preço-alvo de US$ 273,.
Ele disse em uma nota nesta quarta-feira que os dados atuais de demanda pelo iPhone não indicam como será a demanda futura.
Para ele, ainda é muito cedo para determinar a verdadeira força dos embarques do iPhone nos próximos 12 meses.
Próximo modelo pode ter maior poder decisivo
“Os prazos de entrega do iPhone 16 estão menores [ano a ano], mas os prazos de entrega como um proxy para a demanda tão cedo têm pouco poder preditivo, sendo a trajetória dos prazos de entrega nos próximos 10 dias mais importante”, escreveu.
Assim, em vez de se concentrar no ciclo de atualização de curto prazo do iPhone 16, Woodring está olhando para o próximo dispositivo inteligente.
“Dado que a maioria dos otimistas (incluindo nós) vê o ano fiscal de 2026 e o iPhone 17 como o ciclo maior – com os dados de prazos de entrega de curto prazo do iPhone 16 tendo muito pouca influência nessa tese – acreditamos que qualquer corte de estimativa ou desempenho inferior de curto prazo das ações provavelmente será comprado, levando a uma janela curta de desempenho inferior antes que os investidores voltem sua atenção para o iPhone 17 e o poder de ganhos do ano fiscal de 2026, que é no que baseamos nosso preço-alvo de US$ 273”, disse ele.
As ações da Apple subiram 1,8% na quarta-feira, para US$ 220,73, enquanto o S&P 500 estava praticamente estável. As ações subiram cerca de 15% no acumulado do ano.
Com informações do Valor Econômico
