Petrobras espera que licença para perfurar poço na Foz do Amazonas saia no 1° trimestre

A Petrobras espera que a licença ambiental para a perfuração de um poço de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas seja concedida até o fim do primeiro trimestre, afirmou a diretora de exploração e produção da companhia, Sylvia dos Anjos. Segundo a executiva, o centro de resgate e despetrolização de animais que está sendo […]

A Petrobras espera que a licença ambiental para a perfuração de um poço de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas seja concedida até o fim do primeiro trimestre, afirmou a diretora de exploração e produção da companhia, Sylvia dos Anjos.

Segundo a executiva, o centro de resgate e despetrolização de animais que está sendo implantado no Oiapoque deve ter as obras concluídas em fevereiro, o que, na visão da executiva, elimina a última pendência e atenderia a todos os requisitos antes da concessão da licença, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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Sylvia, que participou da assinatura de contrato da construção do Centro Científico e Cultural da Urca, em parceria com o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), disse que a sonda para a perfuração do poço ainda teria que passar pela limpeza do casco antes de seguir para a região do bloco FZA-M-59, a aproximadamente 180 quilômetros da costa do Amapá. Esse trabalho deve demandar dois meses.

“Estamos esperando essa licença há dez anos. Desistir, jamais. Temos ampla certeza das operações que fazemos”, disse a diretora da Petrobras , a jornalistas.

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Mais cedo, durante a cerimônia, Sylvia reiterou a necessidade de reposição de reservas de petróleo pela Petrobras como forma de evitar a dependência de importação do insumo. Segundo ela, a empresa trava uma “importante luta” para desenvolver a produção na Margem Equatorial, entre outras novas fronteiras de produção, diante da perspectiva de declínio na extração de petróleo nos próximos anos.

“Uma coisa é chegar onde chegamos e outra é permanecer onde estamos”, disse.

Sylvia dos Anjos contou ainda que “muito em breve”, nos próximos dias, o navio-plataforma (FPSO, na sigla em inglês) Almirante Tamandaré deve entrar em operação no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.

A Almirante Tamandaré será a maior plataforma da Petrobras em operação no país, com capacidade de produzir 225 mil barris de petróleo por dia e processar 12 milhões de metros cúbicos diariamente (m³/dia) de gás natural.

Convênio com SGB

A Petrobras e o SGB firmaram acordo de cooperação tecnológica para a construção de um centro científico e cultural no bairro da Urca, na Zona Sul, que inclui a revitalização do Museu de Ciências da Terra e a construção de dois laboratórios voltados para atividades de isotopia e geocronologia. Os investimentos no centro são estimados em R$ 271 milhões.

Com os acordos, o SGB passa a atuar também no segmento de óleo e gás, no qual ainda não estava ativo, segundo o diretor-presidente da autarquia, Inácio Melo. O novo centro científico, avalia, abrirá portas para a pesquisa de minerais críticos, como nióbio e lítio, utilizados em sistemas relacionados à transição energética, como baterias para sistemas de armazenamento de energia e veículos elétricos, entre outras tecnologias.

Melo contou que a empresa espanhola Excalibur venceu licitação da SGB para mapeamento de potenciais minerais com uso de tecnologia de dados aerogeofísicos, que usa aeronaves equipadas com sensores e dispositivos que “lêem” o subsolo brasileiro.

A previsão é que o contrato seja assinado entre março e abril, disse Melo, do SGB.

*Com informações do Valor Econômico

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