De olho em mercado dominado pelo Google, OpenAI lança versão teste de ferramenta de busca

Chamada SearchGPT, ferramenta resumirá as informações encontradas online, incluindo sites de notícias, e permitirá que os usuários façam perguntas complementares

A OpenAI está lançando uma versão de teste do seu tão esperado motor de busca baseado em inteligência artificial. A ferramenta, chamada SearchGPT, resumirá as informações encontradas em sites, incluindo sites de notícias, e permitirá que os usuários façam perguntas complementares, assim como podem atualmente com o ChatGPT.

Segundo a companhia, a ferramenta citará as fontes de informação, incluindo notícias de parceiros comerciais como o “The Wall Street Journal”, da News Corp, e a revista “The Atlantic”, no final de cada resposta entre parênteses.

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O SearchGPT é o desafio mais direto da OpenAI à dominância do Google com ferramentas busca desde o lançamento do ChatGPT em 2022, que pegou a empresa de tecnologia desprevenida. O Google lançou este ano sua própria funcionalidade de busca com inteligência artificial (IA) que sintetiza informações de múltiplas fontes da web.

Outras empresas de IA também estão entrando na batalha da busca, incluindo a Perplexity, que é apoiada por Jeff Bezos e fundada por um ex-funcionário da OpenAI.

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Nos últimos meses, representantes da OpenAI mostraram modelos com esse tipo de recurso para editoras, que têm se mostrado cada vez mais inquietas com a maneira como a IA poderia remodelar suas redações e coleta de notícias em meio a recentes quedas no tráfego on-line.

As editoras estão preocupadas que ferramentas de busca com IA da OpenAI ou do Google ofereçam respostas completas baseadas em conteúdo jornalístico, eliminando a necessidade de clicar em um link de artigo e privando as editoras de tráfego online e receita publicitária.

Não está claro quanto tráfego um produto como o SearchGPT poderia enviar para as editoras. “Esperamos aprender mais sobre o comportamento do usuário” disse uma porta-voz da OpenAI durante o teste da ferramenta.

As editoras estão cautelosas com parcerias tecnológicas após mais de uma década lidando com os caprichos de empresas de tecnologia, incluindo o Facebook da Meta Platforms e o Google, cujas mudanças de produto às vezes podem desencadear mudanças violentas no tráfego online.

Seus medos foram ainda mais alimentados quando, no mês passado, a Perplexity reutilizou uma matéria da revista “Forbes” para um de seus produtos e não mencionou a fonte da notícia até o final da página.

Mesmo assim, muitas editoras veem valor em vender acesso a sua propriedade intelectual para empresas de IA que precisam de grandes quantidades de dados e conteúdo para refinar seus sistemas de IA e criar novos produtos como o SearchGPT.

Ao longo do último ano, a OpenAI firmou parcerias com uma série de editoras de notícias. Em alguns desses acordos, a OpenAI estendeu milhões de dólares em dinheiro e créditos na nuvem para as editoras em troca do direito de treinar novos modelos de IA gerativos em seu trabalho.

Outras editoras, incluindo o “The New York Times”, optaram por combater a OpenAI e seu apoiador, a Microsoft, em tribunal, alegando em um processo que seu conteúdo foi usado sem permissão para treinar os sistemas da OpenAI. A OpenAI disse que o processo é sem mérito.

Muitas das discussões que a OpenAI teve com as editoras sobre a ferramenta de busca foram focadas em como o conteúdo jornalístico delas será usado nas respostas às consultas. Nesta quinta-feira (25), a OpenAI disse que as editoras podem gerenciar como seu conteúdo aparece no SearchGPT.

Por enquanto, o SearchGPT será testado como um produto separado, mas eventualmente a OpenAI planeja integrá-lo ao seu principal serviço, o ChatGPT. Editores de notícias e criadores estarão entre os primeiros a testá-lo e a OpenAI oferecerá uma lista de espera onde usuários dos Estados Unidos podem se inscrever para experimentar a ferramenta.

Com informações do Valor Econômico

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