OpenAI desafia Apple e Amazon ao lançar assistente virtual no ChatGPT
A OpenAI anunciou um recurso beta chamado “Tasks” para o ChatGPT, que permitirá aos usuários agendar ações futuras e lembretes
A OpenAI está lançando recursos de assistente virtual para seu modelo de inteligência artificial ChatGPT, competindo diretamente com a Alexa, da Amazon, e a Siri, da Apple.
Isso em um momento em que as duas últimas enfrentaram desafios técnicos e econômicos que atrasaram os avanços esperados em IA.
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A OpenAI anunciou um recurso beta chamado “Tasks” para o ChatGPT, que permitirá aos usuários agendar ações futuras e lembretes.
O recurso será disponibilizado inicialmente para assinantes pagos, mas a empresa planeja eventualmente estendê-lo a todos os usuários.
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Esse movimento parece ser um passo para transformar o ChatGPT em um assistente digital mais completo, desafiando Apple e Amazon.
As duas big techs têm reconhecimento significativo no mercado, mas seus assistentes ainda não receberam as atualizações em IA esperadas.
Como está a situação da Apple em relação à OpenAI
No caso da Apple, o problema parece ser sua preferência por uma abordagem gradual para aprimorar sua tecnologia de IA, enquanto depende parcialmente de ferramentas externas.
No entanto, uma atualização em dezembro permitiu que usuários da Siri acessassem diretamente a tecnologia do ChatGPT sem trocar de aplicativo.
A Siri ainda está longe de ser uma IA que possa agir de forma autônoma, um “agente de IA”, no jargão do setor.
Analistas preveem, assim, que uma Siri atuando como agente de IA pode gerar US$ 3 bilhões em receita anual após seu lançamento.
Uma notícia recente da Bloomberg indicou que uma Siri completamente reformulada poderia ser anunciada ainda este ano, mas seu lançamento só deve ocorrer em 2026.
O lançamento dependeria do desenvolvimento de um modelo de IA mais avançado pela própria Apple.
A empresa não pode depender indefinidamente do ChatGPT, especialmente com questões sobre a divisão de receitas e custos.
Essas dificuldades podem se agravar à medida que a OpenAI busca um modelo de negócios lucrativo.
Isso levanta preocupações sobre os gastos.
Os investimentos da Apple em infraestrutura de IA têm sido relativamente baixos em comparação com outros gigantes da tecnologia.
Desenvolver um modelo de IA mais robusto pode exigir um grande investimento de capital, o que pode assustar investidores.
A Apple provavelmente está focada em criar um modelo eficiente que funcione diretamente em seus dispositivos, reduzindo a necessidade de gastar muito em servidores de IA.
Momento atual da Amazon em inteligência artificial
A Amazon enfrenta menos dilemas em relação a gastos e parcerias, tendo já investido pesadamente em data centers de IA.
Além de apoiar a startup Anthropic, cujo modelo Claude é visto como um forte concorrente do ChatGPT e do Gemini, do Google.
Mas por que ainda não temos uma Alexa que atue como um agente de IA?
Um lançamento especulado para 2024, com uma taxa de assinatura mensal, parece ter sido adiado.
Problemas relacionados à integração técnica da IA com os algoritmos existentes da Alexa e à viabilidade econômica do projeto têm atrasado o desenvolvimento, segundo o “Financial Times”, citando executivos e funcionários da empresa.
Dessa maneira, a Amazon enfrenta desafios únicos para integrar a IA com uma variedade de dispositivos.
A empresa idealmente gostaria de integrar a IA desde campainhas Ring até alto-falantes inteligentes Echo.
Mas projetar uma IA que possa gerenciar de forma confiável as funções de cada dispositivo apresenta obstáculos distintos em comparação com uma IA que funcione apenas em smartphones ou laptops.
Com o movimento da OpenAI, a corrida está em andamento tanto para Apple quanto para Amazon.
Espera-se que ambas anunciem avanços em assistentes de IA este ano, mas o sucesso dependerá da implementação eficiente desses recursos.
Com informações do Valor Econômico