Más notícias para Elon Musk: Tesla vende menos na China e processo por demissões no Twitter
Bilionário ainda foi desbancado por Jeff Bezos na lista de mais ricos do mundo
Depois de perder o posto de homem mais rico do mundo para Jeff Bezos, Elon Musk começou a semana com outros dois fatos negativos.
As vendas da Tesla e de outros fabricantes de carros elétricos na China tiveram forte queda em fevereiro, prejudicadas pela demanda fraca durante o feriado do ano novo lunar e crescente concorrência na segunda maior economia do mundo.
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Na segunda-feira, a ação da Tesla tombou mais de 7% em Nova York. Por volta das 8h50 (de Brasília), a montadora americana de Elon Musk caía mais 1,9% nos negócios do pré-mercado.
A Tesla embarcou 60.365 veículos feitos na China durante o mês passado, seu pior resultado desde o fim de 2022, segundo dados preliminares da associação chinesa de carros de passeio.
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O número marca expressivo declínio em relação a janeiro (71.447 unidades) e dezembro (94.139).
A BYD, empresa chinesa que ultrapassou a Tesla como maior vendedor mundial de veículos elétricos no último trimestre de 2023, viu seus embarques caírem para 121.748 veículos em fevereiro, ante 201.493 unidades um mês antes.
De modo geral, as vendas de veículos elétricos no mercado chinês registraram queda de 9% na comparação anual – e baixa de 34% no confronto mensal -, para cerca de 450 mil unidades em fevereiro, de acordo com a CPCA, sigla em inglês da associação chinesa.
A CPCA atribuiu o fraco resultado a um número menor de dias úteis em fevereiro e ao feriado. Para a associação, no entanto, a indústria automotiva segue saudável em meio a níveis de estoques cada vez menores.
As vendas da Tesla normalmente desaceleram no feriado do ano novo lunar, mas a empresa também enfrenta concorrência mais agressiva. Na semana passada, a Tesla anunciou novos incentivos e descontos para versões dos modelos 3 e Y na China, após a BYD – na qual o megainvestidor americano Warren Buffett tem investimentos – voltar a reduzir seus preços.
Demissões no Twitter
Ex-executivos seniores do Twitter estão processando Elon Musk e a X Corp, dona do X (atual nome do Twitter), dizendo que têm direito a um total de mais de US$ 128 milhões em indenizações não pagas.
O ex-CEO do Twitter, Parag Agrawal, o diretor financeiro Ned Segal, o conselheiro jurídico Vijaya Gadde e o conselheiro geral Sean Edgett alegam, na ação movida na segunda-feira (4), que foram demitidos sem motivo no dia em que Musk concluiu a aquisição do Twitter em 2022, que mais tarde passou a se chamar X.
Como ele não queria pagar a indenização, os executivos dizem que Musk “inventou uma causa falsa e nomeou funcionários de suas várias empresas para defender sua decisão”.
O processo diz que o não pagamento da indenização e das contas faz parte de um padrão de Musk, que foi processado por “multidões” de ex-funcionários do Twitter que não receberam indenização depois que o bilionário os demitiu aos milhares.
“Sob o controle de Musk, o Twitter se tornou um criminoso, que cobrava de funcionários, proprietários, fornecedores e outros”, diz a ação judicial, apresentada no tribunal federal do Distrito Norte da Califórnia.
“Musk não paga suas contas, acredita que as regras não se aplicam a ele e usa sua riqueza e poder para passar por cima de qualquer um que discorde dele.”
Os representantes de Musk e da X, sediada em São Francisco, não responderam imediatamente às mensagens para comentários na segunda-feira.
Os ex-executivos alegam que seus planos de demissão lhes davam direito a um ano de salário, além de prêmios em ações não adquiridos, avaliados pelo preço de aquisição do Twitter.
Musk comprou a empresa por US$ 44 bilhões, ou US$ 54,20 por ação, assumindo o controle em outubro de 2022. Eles dizem que foram todos demitidos sem justa causa.
De acordo com os planos de indenização, a “causa” era definida de forma restrita, como ser condenado por um crime, “negligência grave” ou “má conduta intencional”. De acordo com a ação judicial, a única causa dada por Musk para as demissões foi “negligência grave e má conduta intencional”, em parte porque o Twitter pagou honorários a advogados externos por seu trabalho no fechamento da aquisição.
Os executivos dizem que foram obrigados a pagar os honorários para cumprir suas obrigações fiduciárias para com a empresa.
“Se Musk achasse que os pagamentos dos honorários advocatícios, ou quaisquer outros pagamentos, eram impróprios, sua solução seria tentar encerrar o negócio – e não reter os pagamentos de indenização dos executivos após o fechamento do negócio”, diz o processo.
A X enfrenta um número “impressionante” de processos judiciais sobre contas não pagas, diz o processo.
“Consistente com a atitude arrogante que demonstrou em relação a suas obrigações financeiras, a atitude de Musk em resposta a esses processos crescentes foi, segundo consta, deixe-os processar.”
Com informações da Dow Jones Newswires, da Associated Press e do Estadão Conteúdo