Natura usa recursos da Amazônia para trazer tendência de beleza da Ásia para o Brasil

Empresa destaca que o foco são mulheres com mais de 30 anos, mas há pessoas mais jovens que utilizam alguns produtos da linha

Loja da Natura - Foto: Divulgação
Loja da Natura - Foto: Divulgação

A Natura identificou do outro lado do planeta uma tendência de beleza e decidiu ser pioneira ao elaborar uma solução para o mercado de massa no Brasil. A empresa detectou que os consumidores na Ásia, em especial na Coreia do Sul e no Japão, se renderam a um novo gênero de dermocosméticos chamado essência, que funciona como hidratante e catalisador de outros produtos de tratamento facial. A empresa então decidiu desenvolver a sua própria fórmula, que une dermoativos e bioativos da Amazônia. Foram quatro anos de pesquisa até o lançamento neste mês.

“As tendências de cuidado facial vêm da Ásia, diferentemente de outras categorias que vêm da Europa e dos Estados Unidos. O Brasil também está começando a ser referência, pois os segmentos de beleza têm penetração muito alta por aqui, assim como de cuidados corporais e perfumaria”, afirma a vice-presidente de marca da companhia, Tatiana Ponce, acrescentando que a Natura é a primeira empresa brasileira a introduzir este tipo de produto no mercado nacional de ‘skincare’.

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A executiva não revela quanto foi investido no desenvolvimento da essência, mas diz que, ao todo, a Natura desembolsou R$ 292 milhões em inovação no ano passado. Segundo ela, os próximos produtos virão dos 200 projetos de médio e longo prazo que estão em desenvolvimento no laboratório de pesquisa.

“Quando os cientistas fazem uma descoberta, ela sai de um lugar embrionário para entrar na fila do grupo de médio e curto prazo”, explica. “Ao mesmo tempo, os times de marketing e inovação estão sempre atentos aos desejos dos consumidores”, acrescenta. Para se ter ideia, nos últimos 12 meses, a empresa lançou 273 produtos, incluindo novas formulações e embalagens.

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A essência faz parte da linha de Chronos, voltada para cuidados com a pele do rosto. Ponce destaca que o foco são mulheres com mais de 30 anos, mas há pessoas mais jovens que utilizam alguns produtos como o gel de limpeza. Já a campanha, que conta com ações nas redes sociais, vai explicar os benefícios tanto da categoria quanto do produto. “Um time de influenciadores e as nossas 4 milhões de consultoras vão ajudar nessa tarefa”, diz a executiva.

A estratégia de vendas difere do que normalmente ocorre no mercado de dermocosméticos — produtos elaborados em parceria com dermatologistas, cujos resultados são clinicamente comprovados. Em geral, as marcas contratam representantes para visitar dermatologistas, a fim de que os médicos façam a ponte com os consumidores finais. Elas também costumam investir em prateleiras nas farmácias.

“Nunca digo nunca, mas, no momento, não há estudo para levar o produto para as farmácias”, diz a vice-presidente.

A receita dos dermocosméticos saltou quase 70% no Brasil entre 2018 e 2023, para R$ 3,3 bilhões, segundo a consultoria Euromonitor International. Já no que se refere ao segmento de cuidados com o corpo, o avanço foi de 63% no mesmo intervalo, para R$ 884 milhões.

Com informações do Valor Econômico

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