Ao retirar ferro do lixo, Ambipar espera entrar na lista de maiores fornecedoras da Gerdau

Ambipar (AMBP4) mandou 4 milhões de quilos de ferro para a Gerdau (GGBR4) e espera aumentar números com nova planta de mineração urbana.

Veículo da Ambipar (AMBP3), empresa da bolsa de valores especializada em soluções sustentáveis. Foto: Raphael Coraccini/ Inteligência Financeira
Veículo da Ambipar (AMBP3), empresa da bolsa de valores especializada em soluções sustentáveis. Foto: Raphael Coraccini/ Inteligência Financeira

Uma das principais siderúrgicas do mundo, a Gerdau (GGBR4) produz parte do seu próprio minério de ferro, mas também compra a commodity de outras companhias para fazer aço. Uma parte do ferro utilizado pela siderúrgica vem de uma fonte improvável: a planta de mineração urbana da Ambipar (AMBP3), empresa da bolsa de valores especializada em soluções sustentáveis.

“No ano passado (2023), mandamos mais de 4 milhões de quilos de ferro para a Gerdau. Por isso, fomos o 13º maior fornecedor (de ferro da siderúrgica)”, diz Marcelo Oliveira, head de mineração urbana da Ambipar.

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A perspectiva é fechar 2024 com volume ainda superior de ferro vendido à Gerdau. Inclusive, a siderúrgica não é a única grande cliente da Ambipar na compra de material reprocessado.

A CBA (CBAV3) também recolhe parte da sua matéria-prima do processo de mineração urbana da Ambipar. A companhia é uma das maiores do país na produção de alumínio.

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Desafios do processo de mineração urbana

Oliveira explica que a relação com a Gerdau (GGBR4) é de mão dupla. A Ambipar (AMBP3) também compra da siderúrgica aglomerados de alumínio, latão e cobre.

A Ambipar entrega para a Gerdau e outras parceiras tecnologia e know how no processo de mineração urbana que as companhias geralmente não dominam. Por isso, essas empresas precisam vender seus resíduos e terceirizar a tarefa.

Oliveira conta que descobriu que o processo de mineração urbana poderia ser mais desafiador do que imaginava ao fechar contrato com uma grande empresa do setor de telefonia. Isso aconteceu logo no início das operações, quando a sua empresa, a GM&C ainda não fazia parte da Ambipar

Nesse sentido, a missão de Oliveira era dar nova vida aos chips de celular. Mas o desmonte da peças se mostrou inicialmente caro e pouco eficiente.

Contudo, a evolução dos processos permitiu à GM&C se tornar viável do ponto de vista operacional. Mais tarde, a empresa foi adquirida pela Ambipar para fazer todo o processo de mineração urbana.

Produtividade deve subir 200%, espera Ambipar

A planta de mineração urbana da Ambipar em São José dos Campos, no interior de São Paulo, custou cerca de R$ 100 milhões. Atualmente, ela tem capacidade para minerar 80 mil toneladas de lixo por ano.

No local, são separados grandes eletrodomésticos, como geladeiras e fogões, de pequenos eletroeletrônicos, como celulares, tablets e notebooks.

Hoje, a planta processa 10 mil toneladas e deve chegar a 30 mil toneladas até o final de 2026, segundo a empresa.

Então, isso significaria aumento de 200% de produtividade da unidade de São José dos Campos nos próximos dois anos.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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