Mercedes-Benz opera em dois turnos e prevê alta nas vendas de 15% neste ano
A Mercedes-Benz do Brasil avalia de maneira positiva a demanda local por caminhões e ônibus e afirma que o mercado brasileiro poderá crescer nos próximos anos. Em entrevista coletiva, o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e diretor executivo para a América Latina, Achim Puchert, projeta alta de 15% nas vendas do mercado nacional de veículos […]
A Mercedes-Benz do Brasil avalia de maneira positiva a demanda local por caminhões e ônibus e afirma que o mercado brasileiro poderá crescer nos próximos anos. Em entrevista coletiva, o presidente da Mercedes-Benz do Brasil e diretor executivo para a América Latina, Achim Puchert, projeta alta de 15% nas vendas do mercado nacional de veículos pesados até o fim deste ano.
O que sustenta esta estimativa é a atual operação das plantas em dois turnos, incluindo aos sábados, e a classificação do nível de alocação da produção como “saudável”.
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“Acreditamos que os próximos anos serão um terreno fértil para o negócio de veículos comerciais. Sabemos que o país já tem um papel significativo no setor agrícola, por exemplo. Também acreditamos que o mercado será muito interessante em termos de novas tecnologias e combustíveis sustentáveis”, disse.
O executivo pondera que juros mais baixos “melhoram o clima de investimentos” e acrescenta a necessidade de investimento em infraestrutura para veículos elétricos e cooperação entre o governo, o setor público e o setor financeiro para a descarbonização da frota. Ele cita exigências legislativas e requisitos normativos para alinhar o desenvolvimento de tecnologias.
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Puchert crê no potencial de crescimento do transporte on-road e de veículos extra-pesados no Brasil. A companhia prevê aumentar sua participação de mercado com os modelos Actros Evolution, em paralelo com os serviços prestados aos consumidores.
A avaliação sobre o mercado latino-americano está mais fragmentada. A companhia se diz otimista com a Argentina por conta da reestruturação econômica em andamento, enquanto há um olhar favorável para a região como um todo.
Eleições nos EUA
“É sempre bom estar atento a qualquer surpresa. E talvez tenhamos algumas pelo caminho. Vamos observar, por exemplo, como as eleições nos EUA podem impactar o ambiente global de negócios e o cenário de financiamento. Precisamos estar preparados para isso”, disse.
“Do nosso ponto de vista, estamos em um nível bastante bom e vemos uma perspectiva positiva para este ano. Não vemos nenhum desenvolvimento extremamente crítico na América Latina. Na verdade, é o oposto: estamos vendo a região, em comparação com outras no mundo, em uma posição bastante favorável no momento”, completou.
Puchert não revelou o volume de investimentos previstos para o país, mas afirmou que o plano do ciclo até 2030 está em debate e será pautado no desenvolvimento de tecnologias dos motores a combustão, desde diesel até biocombustíveis; tecnologias de emissões zero de poluentes e qualificação de mão de obra.
Otimismo com Brasil e América Latina
A logística da América Latina se apresenta como um desafio para a fabricante alemã. A capacidade de transporte, disposição de portos e aeroportos impactam o processamento da produção.
Apesar do contratempo, a companhia está otimista com o Brasil e a América Latina. A Mercedes-Benz aposta em negociações de grandes volumes, com entrega para o ano de 2025, e vendas ao varejo com disponibilidade de modelos ainda para este ano. A montadora conta com veículos a combustão e elétricos, entre eles os eActros e eCanter.
*Com informações do Valor Econômico