Justiça autoriza retomada de recuperação judicial da 123milhas

A decisão foi assinada pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho, da 21ª Câmara Cível Especializada de Belo Horizonte

Banner da empresa 123milhas em carrinho, em São Paulo (SP). Foto: André Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo
Banner da empresa 123milhas em carrinho, em São Paulo (SP). Foto: André Ribeiro/Futura Press/Estadão Conteúdo

A Justiça de Minas Gerais autorizou a retomada do processo de recuperação judicial da startup 123milhas, que deve R$ 2,3 bilhões a consumidores e fornecedores.

A decisão foi assinada pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho, da 21ª Câmara Cível Especializada de Belo Horizonte, no último dia 28 de fevereiro.

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Recuperação judicial da 123milhas estava suspensa

O processo de recuperação judicial da 123milhas foi suspenso pela segunda vez em janeiro. Na ocasião, a magistrada da primeira Vara Empresarial de Belo Horizonte, Claudia Helena Batista, condicionou a retomada do processo após as definição dos administradores judiciais do caso.

Em sua decisão recente, o tribunal de segunda instância autorizou a retomada imediata do processo de recuperação judicial. E reconduziu ao posto de administradores judiciais o escritório Paoli Balbino & Barros e a advogada Juliana Ferreira Morais, da KPMG.

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Além disso, o desembargador manteve o período de blindagem (stay period), que integra um processo de recuperação judicial.

Com isso, os credores não podem executar as dívidas contraídas pela companhia.

Processo do Inadec

A retomada do processo de recuperação judicial da 123milhas acontece após provocação do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec). O órgão entrou com processo destacando que o perigo de dano ao não prosseguimento da recuperação judicial é notório.

A paralisação da recuperação judicial “gera prejuízo a inúmeros credores, especialmente aos consumidores – que representam, aproximadamente, 80,63% do passivo”, escreveu a instituição.

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