O que o Fleury (FLRY3) busca ao inaugurar duas usinas solares no Rio de Janeiro?

O Fleury tem 90,5% do consumo das unidades no Estado atendidas por energia renovável

Entrada do laboratório Fleury (FLRY3) - Foto: Divulgação
Entrada do laboratório Fleury (FLRY3) - Foto: Divulgação

O grupo Fleury (FLRY3), rede de medicina diagnóstica dona de marcas como Labs e a+, inaugurou no Rio de Janeiro duas usinas solares fotovoltaicas. As usinas foram instaladas para atender ao consumo de unidades da companhia no Estado. O objetivo é diminuir custos com energia elétrica e reduzir as emissões de gases de efeito estufa, dentro da política ESG da companhia.

Com as usinas, o grupo conclui o plano de investimentos em energia solar iniciado em 2022. O Fleury tem 90,5% do consumo das unidades atendidas por energia renovável. Os 9,5% restantes são provenientes das distribuidoras, no mercado cativo.

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O modelo adotado pelo Fleury é o de minigeração distribuída, feito em parceria com empresas do segmento. Este modelo envolveu a construção das usinas, nos municípios de Paty do Alferes e Carmo.

Economia de custos

Segundo o diretor de expansão, engenharia clínica e “facilities” do Grupo Fleury, Clóvis Porto, com as cinco usinas em operação, o conglomerado terá economia de 20% nos custos com eletricidade. Isto corresponde a cerca de R$ 2,66 milhões por ano, e deixa de emitir anualmente cerca de 1 mil toneladas de carbono.

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Considerando as compras de energia renovável no mercado livre, o Fleury economiza próximo de R$ 10 milhões por ano com eletricidade, estimou Porto.

As despesas com energia elétrica consomem 1% das receitas do grupo. Todos os números, salientou, já consideram a combinação de negócios feita recentemente com a rede Hermes Pardini.

Energia renovável desde 2017

No mercado livre, segmento no qual os consumidores podem escolher o gerador e as condições contratuais de fornecimento de eletricidade, o Fleury passou a comprar energia renovável em 2017. As limitações da modalidade, como falta de viabilidade técnica para migração de determinadas unidades, foram sanadas com o surgimento da geração distribuída.

O grupo não precisou fazer nenhum aporte financeiro para a construção das usinas, bancada pelos parceiros em São Paulo e no Rio de Janeiro. Apenas realizou o arrendamento dos terrenos e firmou contrato de operação e manutenção das usinas que remunera os empreendimentos.

O Fleury já possuía três usinas solares, duas nos municípios paulistas de Pirapora e Vargem Grande Paulista e uma em Valença, no Rio de Janeiro. As cinco usinas somam 5 megawatts (MW) de capacidade instalada.

Eficiência energética

Porto afirmou que o grupo observa eventuais movimentos do governo em direção da abertura total do mercado de energia elétrica para os consumidores conectados em baixa tensão, como os residenciais. Da mesma forma, não descarta caminhos para a parte da energia que ainda está sob a gestão das distribuidoras.

“Estamos sempre de olho em todas as oportunidades. Mas sempre vamos ter um equilíbrio muito grande entre sustentabilidade e oportunidade financeira”, afirmou.

Além do mercado livre e da geração distribuída, o Fleury também recorre à eficiência energética para reduzir custos com eletricidade no dia-a-dia das unidades. Além disso, a rede adota um uso mais racional da energia, com iniciativas como lâmpadas do tipo led, uso de aquecedores solares para água, sistemas de água de reúso e iluminação natural.

Com informações do Valor Econômico.

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