Fintech Dock avança em crédito e Pix; empresa vê IPO adiante

Fintech fornece serviços para bancos digitais como C6, Neon e Mercado Pago, além dos braços digitais de companhias como C&A, 99 e Ambev

CEO da empresa, Antonio Soares, fala sobre os planos da fintech. Foto: Karin Marcitello/Divulgação
CEO da empresa, Antonio Soares, fala sobre os planos da fintech. Foto: Karin Marcitello/Divulgação

A Dock está ampliando a oferta de serviços financeiros, incluindo crédito e novas opções para o Pix, no momento em que o foco crescente em rentabilidade vem afunilando o mercado de fintechs no Brasil.

Criada em 2014, a Dock fornece infraestrutura para bancos digitais para terceiros.

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Isso significa que para os usuários finais os serviços chegam com a etiqueta de vários de seus mais de 400 clientes.

Dentre eles estão bancos digitais como C6, Neon, Contabilizei, Stone, PagSeguro, PayPal e Mercado Pago, além dos braços digitais de companhias como C&A, 99 e Ambev.

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Atualmente, a Dock administra 70 milhões de contas ativas, distribuídas em 11 países da América Latina, com 8 bilhões de transações anuais.

Com a licença de instituição financeira, obtida em 2022, a Dock gradualmente deixou de ser apenas intermediadora de pagamentos para oferecer uma prateleira crescente de serviços bancários.

Banco digital avança em crédito

Assim, um dos caminhos que a empresa vê como oportunidades de crescimento é o crédito para o público de baixa renda com perfil mais informal.

“Os grandes bancos miram mais o trabalhador que tem renda garantida”, disse à Inteligência Financeira o presidente-executivo da Dock, Antonio Soares.

“Mas, cerca de metade da população tem um perfil mais empreendedor”, complementou ele.

Os comentários de Soares ilustram uma tendência no setor financeiro do país, com bancos digitais como Mercado Pago e Nubank, avançando no crédito sem garantia para público de baixa renda, segmento do qual grandes bancos como Bradesco e Santander vêm reduzindo a exposição, dadas as perdas elevadas com inadimplência nos últimos anos.

Nesse sentido, um vetor que, segundo Soares, deve acelerar essa dinâmica são as próximas fases do Pix, que envolverão pagamentos parcelados.

A modalidade ainda está em regulamentação pelo Banco Central. Mas alguns bancos, como Itaú e Nubank, já se adiantaram e oferecem crédito nessa modalidade.

“Tem uma avenida enorme de crescimento aqui”, disse o presidente da Dock.

E esse plano vale não somente para o Brasil, mas inclui outros mercados latino-americanos, como o México.

Lá, a companhia vai medir forças com outras fintechs fortes, como o próprio Nubank, que também vem explorando um mercado com elevados níveis de desbancarização.

Foto: Divulgação

Dock vai fazer IPO?

Em 2021, a Dock chegou a contratar bancos para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos.

Depois, com a volatilidade do mercado, os planos foram adiados. Há quase três anos, nenhuma empresa brasileira faz sua estreia em bolsa.

Segundo Soares, a listagem em bolsa é um caminho natural para a Dock, mas no momento não há horizonte para isso.

“É mais uma consequência do que uma meta”, afirmou ele, agregando que a companhia neste momento dispõe de capital para crescer.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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