Eternit tem queda de 11,7% no lucro líquido do 3º tri, para R$ 18,6 milhões

A fabricante de telhas Eternit terminou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 18,6 milhões, retração de 11,7% ante o mesmo período de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 36 milhões, recuo de 7,5% no mesmo intervalo do ano passado, com margem […]

A fabricante de telhas Eternit terminou o terceiro trimestre com lucro líquido de R$ 18,6 milhões, retração de 11,7% ante o mesmo período de 2023. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 36 milhões, recuo de 7,5% no mesmo intervalo do ano passado, com margem Ebitda de 11%, queda de 2 pontos percentuais.

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A margem bruta foi de 26%, recuo de 1 ponto em um ano. Por sua vez, a receita líquida foi recorde para um trimestre, de R$ 332 milhões, alta de 14%.

A empresa tem quatro segmentos de vendas, todos com resultados positivos em termos de volume comercializado no trimestre, na base anual. As vendas de telhas de fibrocimento, fonte de 64% do faturamento da Eternit, subiram 14%, para 178 mil toneladas.

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Porém, o diretor financeiro, Vitor Mallmann, ressalta que a empresa não tem visto a margem acompanhar o aumento das vendas, por causa da elevação do custo dos insumos, alguns dos quais são ligados ao dólar, como celulose e resina de polipropileno. A margem das telhas de fibrocimento ficou em 14%, queda de 3 pontos em um ano.

Paulo Roberto Andrade, presidente da Eternit, afirma que a empresa fez um aumento de preços de cerca de 5% em setembro, o que deve ser sentido com mais força no resultado do quarto trimestre. Entretanto, seria preciso aumentar os valores em 10% para retomar as margens de anos anteriores, segundo ele. “Acho que o mercado não suportaria isso, então repassamos um pedaço e, talvez, para o futuro, tenhamos uma nova solução de preço.”

As vendas de telhas de concreto subiram 11%, para 1,7 milhão de peças. A comercialização de sistemas construtivos, como placas cimentícias, avançou 6%, para 6,7 mil toneladas.A exportação de amianto, o mineral crisotila, avançou 2% em um ano, para 50 mil toneladas.

A Eternit encerrou setembro com dívida líquida de R$ 106 milhões, estável sobre um ano atrás. A alavancagem (dívida líquida sobre Ebitda recorrente) ficou em 1,18 vez, ante 0,9 vez no terceiro trimestre de 2023. A empresa tem ainda R$ 30,5 milhões em dívida concursal.

Pós-recuperação

Durante o terceiro trimestre, em agosto, a empresa concluiu a sua recuperação judicial, iniciada seis anos antes. No período, a Eternit conseguiu ampliar seu parque fabril em 45%, para ter capacidade de produzir até 100 mil toneladas de telhas de fibrocimento por mês.

Mallmann afirma que a Eternit espera fechar acordos melhores de financiamento com fornecedores e bancos, agora que a recuperação foi encerrada.

Juros sobre capital próprio

Como medida subsequente, a empresa aprovou, nesta terça-feira (5), o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP), relativo aos resultados do terceiro trimestre, em R$ 3,2 milhões. O pagamento ocorrerá em 31 de março de 2025.

*Com informações do Valor Econômico

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