Enel prevê investir US$ 4,95 bilhões no Brasil entre 2025 e 2027
A empresa italiana de energia Enel Américas divulgou, nesta sexta-feira (22), seu plano de investir US$ 7,5 bilhões na América Latina (Brasil, Colômbia e Argentina) para o ciclo 2025-2027. Deste montante, US$ 4,95 bilhões serão aportados no Brasil, com foco na modernização das redes de distribuição, com o objetivo de melhorar a qualidade e a […]
A empresa italiana de energia Enel Américas divulgou, nesta sexta-feira (22), seu plano de investir US$ 7,5 bilhões na América Latina (Brasil, Colômbia e Argentina) para o ciclo 2025-2027. Deste montante, US$ 4,95 bilhões serão aportados no Brasil, com foco na modernização das redes de distribuição, com o objetivo de melhorar a qualidade e a resiliência das operações.
A Enel Americas, controladora da Enel Brasil, abriu também os planos da empresa por região. Em São Paulo, serão aplicados US$ 2,4 bilhões na melhoria da rede de distribuição de energia; no Ceará, serão US$ 1,2 bilhão; e para o Rio de Janeiro, será destinado US$ 1 bilhão.
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Preparação para eventos climáticos extremos
Durante sua apresentação no Investor Day 2024, o CEO da Enel Américas, Aurélio Bustilho, disse que o capex total para o período representa um aumento de 35% em comparação aos investimentos de US$ 5,7 bilhões considerados no plano estratégico anterior. O plano prevê que US$ 4,57 bilhões serão direcionados para reforçar redes elétricas, em preparação para enfrentar eventos climáticos extremos que vêm atingindo as operações da companhia na região.
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“Nossa alocação de capital será focada principalmente no negócio de redes, pois representa a espinha dorsal de nossas operações. Nesse sentido, 82% do total dos investimentos serão alocados no negócio (…). O Brasil é o principal mercado e estamos focados em investir quase US$ 4,6 bilhões nos próximos três anos na distribuição de energia”, disse Bustilho.
O aporte no negócio de redes atingirá US$ 6,1 bilhões em toda América Latina, nos próximos três anos. Isso representa um aumento de 61% em comparação aos cerca de US$ 3,8 bilhões do plano anterior. O Brasil será o foco principal, com 75% do total de investimentos em redes.
A empresa tem enfrentado desafios em sua área de concessão, como eventos climáticos extremos e volatilidade no mercado. Apenas em 2024, extremos do clima em São Paulo e no Rio de Janeiro afetaram milhões de consumidores.
O pior evento ocorreu em na Região Metropolitana de São Paulo, quando um vendaval atingiu a área de concessão da Enel Distribuição São Paulo em 11 de outubro de 2024, com rajadas superiores 100 quilômetros por hora. O número total de clientes afetados chegou a 3,1 milhões de imóveis. A companhia precisou reconstruir trechos inteiros da rede elétrica e restabeleceu a energia gradativamente para todos os clientes afetados em quase seis dias.
O ocorrido pautou as eleições municipais, escalando ataques entre governo federal, prefeitura e agência reguladora sobre rompimento de contrato e a responsabilidade pelas podas e fiscalização dos serviços. A Enel foi acusada de reduzir o quadro de eletricistas, cortar investimentos e aumentar o pagamento de dividendos aos acionistas.
Apesar das críticas, a empresa diz que pretende renovar as concessões no Brasil por mais 30 anos, abrangendo Estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará. As concessões atuais vencem entre 2026 e 2028.
*Com informações do Valor Econômico