Corsan amplia lista de debênture ‘azul’ com oferta de R$ 1,5 bilhão

'Blue bonds', ou debêntures azuis, são títulos de dívida usados no financiamento de projetos ligados à preservação de recursos hídricos, com impacto nos oceanos e na vida marinha

Instalação da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), controlada pela Aegea, no Rio Grande do Sul Foto: Assessoria de comunicação/Corsan
Instalação da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), controlada pela Aegea, no Rio Grande do Sul Foto: Assessoria de comunicação/Corsan

A Corsan, controlada pela Aegea, anunciou uma oferta de debêntures “sustentáveis e azuis” que deve movimentar R$ 1,5 bilhão. Será a terceira emissão de um título “azul” no país.

Também nesta semana, a Sabesp anunciou uma oferta de R$ 2,5 bilhões de debêntures desse tipo. Os “blue bonds”, ou debêntures azuis, são títulos de dívida usados no financiamento de projetos ligados à preservação de recursos hídricos, com impacto nos oceanos e na vida marinha. O conceito é parecido com os dos “green bonds”, voltados para projetos com impacto ambiental.

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No caso da Corsan, o dinheiro será usado para investimentos na implantação, ampliação e adequação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário de municípios no Rio Grande do Sul.

Os papéis são incentivados, ou seja, com isenção fiscal para o investidor pessoa física. As debêntures serão divididas em duas séries. A primeira vence em dez anos, com amortização ao final do 8º, 9º e 10º ano.

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Já a segunda vence em 15 anos, com amortização no 13º, 14º e 15º ano. A remuneração será definida após coleta de intenções dos investidores.

O Itaú BBA é coordenador líder da operação. Também atuam na oferta BTG Pactual, XP, Safra, Santander, ABC, Citi e Bradesco BBI.

A primeira emissão de debêntures “azuis” do país foi feita em novembro de 2022 pela BRK Ambiental para uma concessão em Alagoas. A venda dos papéis movimentou R$ 1,95 bilhão e a demanda superou R$ 3 bilhões. Os papéis foram do tipo incentivado e com prazo de 20 anos.

O dinheiro foi destinado para a implantação de serviços de água e esgoto em 13 cidades alagoanas.

A coordenação da operação da BRK foi do BTG Pactual que, na época, apresentou a emissão como a primeira “azul” no setor privado na América Latina e a primeira a mercado no setor de saneamento do mundo.

Especialistas acreditam que os “blue bonds” podem crescer no país, assim como ocorreu como os “green bonds”, considerando a necessidade da universalização do saneamento básico.

A primeira emissão de títulos rotulados como ‘azuis’ que se tem notícia veio de Seychelles, país africano no Oceano Índico com economia baseada no turismo e na pesca. A emissão realizada em 2018 levantou cerca de US$ 15 milhões para planos de gestão de pesca nas ilhas e apoiar a expansão de áreas protegidas.

Com informações do Valor Econômico

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