Para Junior Durski, futuro do Madero envolve lojas híbridas com Jerônimo Burger
Chefe de cozinha e CEO do Madero, Junior Durski diz em entrevista que declaração sobre pandemia é assunto encerrado e se afasta da política.
CEO e fundador do Grupo Madero, Junior Durski diz que não deve se envolver mais com política. Durski, ficou no foco da opinião pública em 2020 por minimizar o impacto da covid-19. No entanto, o executivo afirma que seu posicionamento na ocasião é “assunto encerrado” e que sua opinião não diz respeito à rede de restaurantes.
Em 2020, no início da pandemia de covid-19 e em face das políticas de isolamento social para conter o vírus, Durski afirmou que o comércio não poderia parar por conta das mortes causadas pela doença. Para ele, é difícil medir se houve impacto da declaração na operação do Madero.
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CEO do Madero já apoiou Bolsonaro, mas se arrependeu
Júnior Durski já declarou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Bolsonaro, que foi mandatário do Executivo durante a pandemia, adotou posturas negacionistas sobre isolamento, vacinação e uso de máscaras. Além disso, promoveu medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19.
Em 2023, o CEO do Madero declarou em entrevista ao jornal O Globo que se arrependeu de ter apoiado Bolsonaro e se pronunciado contra o isolamento social durante a pandemia.
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Agora, Durski diz à Inteligência Financeira que abandonou de vez a política.
“Não tenho mais me envolvido com política ou falado sobre isso. Então, para mim, ficou no passado. A questão de posicionamento é minha que não tem nada a ver com a empresa”, diz o CEO, ao se referir ao Madero.
O futuro do Madero é híbrido, diz Durski
Para além de considerar os posicionamentos políticos “assunto do passado”, o CEO do Madero foca no empreendimento que administra e diz que o futuro da rede é híbrido.
No terceiro trimestre, a rede renovou um restaurante da franquia Jerônimo Burger, na badalada Rua Oscar Freire, em São Paulo, para encaixar uma operação da Madero Stakehouse. Esta última, diz o empresário, é a rede com maior margem de receita operacional do grupo.
Enquanto isso, a margem do Jerônimo é a terceira mais rentável.
“Isso faz com que pensemos sobre a competição entre Madero e Jerônimo ao expandir”, diz Durski.
Um mês após a renovação, o restaurante que mistura cozinhas de Madero e Jerônimo Burger aumentou o faturamento em 62%. De acordo com o empresário, esse modelo é estudado para outros quatro restaurantes.
“Nós temos 82 restaurantes para fazer o modelo híbrido, principalmente de Madero”, afirma Durski.
Atualmente, o Grupo Madero possui 274 restaurantes abertos.
Desse total, 185 são da marca Madero, divididos entre as modalidades stakehouse e container. O grupo teve vendas líquidas de R$ 1,2 bilhão nos nove primeiros meses de 2024, excluindo efeitos tributários do PERSE, medida de alívio tributário para o setor de serviços aprovada durante a pandemia.