CEO do GPA (PCAR3): cliente endividado com ‘bets’ preocupa mercados e jogos precisam de regulamentação

Marcelo Pimentel disse que acompanha o tema e acredita que é um efeito com maior repercussão entre 'consumidor mais de classes mais baixas que joga mais e que ele já estaria se endividando para jogar'

Sede do Grupo Pão de Açúcar, na zona sul de São Paulo (SP) Foto: Fabrizio Toniolo/Inteligência Financeira
Sede do Grupo Pão de Açúcar, na zona sul de São Paulo (SP) Foto: Fabrizio Toniolo/Inteligência Financeira

O presidente do Grupo Pão de Acúcar (PCAR3), Marcelo Pimentel, disse nesta manhã, em evento do Santander, que o avanço das apostas esportivas e jogos virtuais cresceram e ganharam uma proporção que merece uma atenção maior do mercado.

Segundo ele, a Abras, associação dos supermercados, está atenta a isso hoje e buscando entender melhor o efeito no consumo, disse ele ao Valor.

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“É algo que exige uma regulamentação melhor das regras de funcionamento, da transparência na atuação e no sentido de ter uma ação maior de toda a sociedade em como proteger o consumidor, como educá-lo em relação ao tema”, disse ele em evento do Santander a investidores nesta manhã.

Mas reforçou que o GPA é mais resiliente a esse cenário pelo perfil de renda das lojas, focado em classes mais altas. “Pelo que dizem, é um consumidor mais de classes mais baixas que joga mais e que ele já estaria se endividando para jogar. Estamos acompanhando o tema”.

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Ele acredita que, de forma geral, o setor de consumo está abaixo de seu potencial, considerando que houve uma melhora em emprego e renda há meses consecutivos, mas o setor está crescendo menos rápido do que poderia.

“Há um ambiente de aumento de endividamento das famílias, ainda a patamares altos, e vejo mais isso do que um ambiente político afetando”, disse.

Outro executivo da área, Jorge Faiçal, presidente da Plurix, empresa de supermercados da gestora Pátria, reforçou a preocupação da Abras com esse aspecto das apostas e jogos virtuais, e que esse fator pesa quando somado a outros mais relevantes, como nível de endividamento das famílias.

“Mercado poderia estar num patamar melhor”, disse. “Para as empresas o que pesa é endividamento também delas e as despesas financeiras ainda altas. Sobre as bets isso estava fora do radar e entrou com força nos debates. É hoje um dos temas centrais no setor”, disse.

Com informações do Valor Econômico

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