CEO do BTG (BPAC11) diz que assimetria regulatória desfavorece grandes bancos

Roberto Sallouti apontou ainda que os bancos têm enfrentado cada vez mais competição com os mercados de capitais, que se aprofundaram muito nos últimos anos

O CEO do BTG Pactual (BPAC11), Roberto Sallouti, afirmou na terça-feira que ainda existe uma assimetria regulatória que desfavorece grandes bancos. Ele disse que o BTG, por exemplo, conseguiu crescer respeitando as mesmas regras dos bancos classificados como S1. O que não acontece com algumas instituições de pagamentos (IPs).

“É possivel dar ‘waivers’, exceções, enquanto as instituições são pequenas, mas a partir de um certo tamanho, é muito importante que todo mundo tenha o mesmo ambiente competitivo”, comentou ao participar da 25ª Conferência Anual do Santander, em São Paulo.

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O executivo lembrou que a classificação de S1, S2 e S3, que divide os bancos “sistemicamente importante”, serviu de base também para determinar regras de competição, “o que não necessariamente é justo”. “Tem IPs competitido de igual para igual com bancos do S1 em alguns segmentos, mas com regras mais favoráveis.”

Segundo ele, para ter um sistema financeiro saudável, é importante que se leve em conta essa questão da simetria de competição. “Colocar instituições importantes para o sistema financeiro e para o país em uma posição competitiva de desvantagem, não é algo que eu considero ideal.”

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Ele apontou ainda que os bancos têm enfrentado cada vez mais competição com os mercados de capitais, que se aprofundaram muito nos últimos anos. Ele citou as isenções para debêntures, depois os títulos incentivados, e agora as mudanças nos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), que além de não pagar o IVA, terão um imposto de renda de 15% a 20%. “Isso pode gerar uma desintermediação, levar a uma falta de supervisão do sistema, que em algum momento pode virar uma ameaça.”

Com informações do Valor Econômico

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