Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) vão compartilhar voos; veja como ficam embarques, bagagens e milhas

Acordo de codeshare aumenta a percepção dos investidores sobre a possibilidade de fusão entre as companhias aéreas

Aeronaves da GOLL4 e AZUL4 - Foto: Diegonvs/Flickr
Aeronaves da GOLL4 e AZUL4 - Foto: Diegonvs/Flickr

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) anunciaram nesta sexta-feira (24) acordo de cooperação comercial que vai conectar as suas malhas aéreas no Brasil por meio de um acordo de codeshare.

Nesse sentido, a parceria inclui as rotas domésticas exclusivas. Ou seja, operadas por uma das duas empresas e não a outra.

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Logo, as rotas que são operadas por ambas as companhias não entram no codeshare.

Adicionalmente, o acordo entre as companhias aéreas envolve também os programas de fidelidade.

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Isso vai permitir que membros do Azul Fidelidade e do Smiles acumulem pontos ou milhas no programa de sua escolha ao comprar os trechos inclusos no codeshare.

Disparada das ações

No pregão da B3, as ações AZUL4 avançaram 4,9% e os papéis GOLL4 saltaram 11,1%. na contramão, o Ibovespa caiu 0,2%.

Para o Itaú BBA, a notícia é positiva para a Azul. “Pois poderá desbloquear receitas adicionais, dado a maior conectividade criada”, escrevem os analistas.

Bem como aumenta a percepção dos investidores sobre a possibilidade de fusão entre as companhias, continua o banco em relatório.

“Dado que a Azul voa sozinha em mais de 80% de suas rotas, a combinação de negócios poderia desbloquear sinergias de receitas substanciais. Além de economia de custos para a empresa combinada”, apontam os profissionais do BBA.

Azul e Gol juntas

Conforme comunicados de Azul e Gol, os consumidores poderão se beneficiar da parceria a partir do final de junho. É quando a oferta estará disponível nos canais de vendas de ambas as empresas.

Além disso, nas respectivas notas, as companhias indicam que possuem cerca de 1,5 mil decolagens diárias.

“O acordo vai criar mais de 2.700 oportunidades de viagens com apenas uma conexão”, dizem.

Embarque, bagagens e milhas

De acordo com as empresas, os clientes poderão pesquisar trechos nacionais exclusivos de uma ou de outra companhia e comprar pelos canais de vendas da Azul e da Gol. “Encontrando uma possibilidade maior de destinos”.

Assim como os pontos e milhas referentes aos trechos do codeshare comprados nos canais digitais da outra companhia aérea – por exemplo um voo da Gol comprado no site da Azul – poderão ser acumulados no Azul Fidelidade ou no Smiles.

Portanto, isso será válido tanto para voos com conexão quanto para trechos avulsos.

Então, o check-in deverá sempre ser feito nos canais digitais ou presencialmente nos balcões nos aeroportos da companhia aérea que opera o voo.

Ou o primeiro trecho no caso de voos com conexão.

Isso independentemente da companhia que vendeu a passagem.

Já no caso de voos com conexão, o cliente receberá todos os cartões de embarque de sua viagem no check-in.

Enquanto isso, o despacho de bagagens segue a mesma regra do check-in. “Deve ser realizado com a companhia aérea que opera o voo ou o primeiro trecho, e serão entregues no destino final, independente de conexão com a outra companhia.”

Finalmente, as remarcações e os cancelamentos das reservas devem ser tratados com a companhia que vendeu a passagem.

“As facilidades adicionais e itens opcionais, como assentos especiais e bagagens despachadas, além de benefícios de programas de fidelidade e transporte de cargas, mantêm-se sob as regras pré-determinadas por cada companhia e devem ser observadas pelos clientes”, completam as companhias.

Fusão Azul e Gol

Em suma, o acordo de codeshare vem na esteira dos rumores no mercado de que a Azul estaria avaliando uma possível aquisição da Gol.

Essa potencial transação tem como base o fato de a Gol ter entrado com pedido de recuperação judicial (Chapter 11) nos Estados Unidos.

Dessa forma, durante a 17ª LatAm CEO Conference do Itaú BBA, em Nova York, John Rodgerson, CEO da Azul, falou exclusivamente à Inteligência Financeira sobre a possibilidade de o negócio avançar. “Acredito que isso seria muito saudado pelo mercado”, disse.

“Uma fusão desse tamanho ajudaria os clientes a terem muito mais acesso. A Azul voa para, mais ou menos, 100 destinos que ninguém mais voa”, apontou Rodgerson. “Então, quando você pode ter uma linha aérea para conectar com a nossa malha, isso é muito bom. Ajuda a captar dinheiro mais barato, a ter um país muito mais saudável”, acrescentou.

A fusão com a Gol (GOLL4) faz sentido, diz CEO da Azul, John Rodgerson
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