Descubra a ‘estratégia poderosa’ da AstraZeneca no tratamento da obesidade
Farmacêutica mira ganha espaço em um mercado dominado pela Eli Lilly e pela Novo Nordisk
A AstraZeneca está adotando uma abordagem diferente no tratamento da obesidade. Concentrando-se em combinações, numa tentativa de fazer diferença no mercado atualmente dominado pela Eli Lilly e pela Novo Nordisk.
A empresa prevê um futuro em que o seu medicamento oral para perda de peso possa ser combinado num único comprimido com medicamentos para hipertensão, colesterol ou diabetes. A AstraZeneca já tem alguns deles combinados no Farxiga, um comprimido diário que trata diabetes, insuficiência cardíaca e doença renal crônica.
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Enquanto a empresa também está trabalhando em um comprimido para hipertensão chamado baxdrostat e em um tratamento oral que demonstrou poder reduzir significativamente o colesterol LDL.
Portfólio da AstraZeneca
Ruud Dobber, vice-presidente executivo de produtos biofarmacêuticos da gigante suíça, diz que essa abordagem poderia ajudar a AstraZeneca a auxiliar de uma maneira melhor as pessoas que têm peso extra — mas tecnicamente não são obesas — e condições coexistentes.
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“Isso torna a nossa estratégia única e potencialmente muito poderosa”, disse, em entrevista.
Dobber chamou o tratamento de doenças crônicas de “o herói anônimo” do portfólio da AstraZeneca.
As vendas das divisões biofarmacêuticas totalizaram US$ 5,18 bilhões. Dois dos três segmentos aumentaram o crescimento de dois dígitos, ajudando a compensar o declínio nos tratamentos da covid-19.
No total, essas vendas quase atingiram os US$ 5,33 bilhões gerados pelas vendas de tratamentos contra o câncer.
Expectativa de lucro maior
“Internamente, estamos chamando (os biofarmacêuticos) de ‘heróis anônimos’ porque não há muita atenção à oncologia”, disse. “Mas as pessoas às vezes esquecem a importância das doenças crônicas e a biofarmacêutica é a divisão que trabalha em doenças crônicas”.
No total, o trimestre terminado em junho gerou vendas de US$ 12,94 bilhões, um crescimento de 13%, acima das expectativas de US$ 12,63 bilhões, de acordo com a FactSet.
Já o lucro ajustado caiu 8% para US$ 1,98 por ação, acima da projeção de Wall Street por um centavo. A AstraZeneca elevou sua projeção para o ano inteiro e agora espera que a receita total e o lucro ajustado aumentem a uma taxa de dois dígitos em torno de 15%.
Outra farmacêutica, a Roche, elevou a sua estimativa para o ano depois que o lucro no primeiro semestre cresceu 9%. As vendas subiram 5% e superaram as expectativas.
Os lucros e vendas da Sanofi também ficaram acima das expectativas.
Com informações do Valor Econômico