Americana RT-One instalará ‘data center’ de R$ 6 bi no Paraná, focado em inteligência artificial

A RT-One, empresa americana que trabalha com tecnologia de IA, proteção cibernética e processamento de dados na nuvem, vai instalar um centro de dados com foco em inteligência artificial em uma área de 400 mil quadrados em Maringá (PR). O investimento é de R$ 6 bilhões, informou o executivo-chefe (CEO) da empresa, Fernando Palamone. O […]

A RT-One, empresa americana que trabalha com tecnologia de IA, proteção cibernética e processamento de dados na nuvem, vai instalar um centro de dados com foco em inteligência artificial em uma área de 400 mil quadrados em Maringá (PR). O investimento é de R$ 6 bilhões, informou o executivo-chefe (CEO) da empresa, Fernando Palamone.

O “data center” deve ser instalado em Maringá, dentro de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) que o município do norte paranaense pretende criar nas imediações do aeroporto da cidade. O projeto foi anunciado nesta quinta-feira (23).

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As obras devem começar em seis meses, a depender da liberação de licenças e alvarás, e da instalação da ZPE. “Temos um plano de construção modular, para que possamos entregar o sistema operando dentro de um ano e, dali, continuar crescendo”, diz Palamone. Ao todo, estão previstos quatro prédios.

O executivo lembra que, hoje, o Brasil é o segundo país do mundo em ataques cibernéticos. “Queremos trazer [para o Brasil] a tecnologia que já temos lá fora de proteção de dados e, dentro desse ambiente protegido, rodar aplicações de IA. É incrível pensar isso, mas hoje pouca gente se preocupa com a segurança daquele aplicativo de inteligência artificial”, completa.

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Ainda de acordo com o CEO, o aporte previsto virá de uma combinação de investidores locais e internacionais — neste segundo caso, grandes operadoras de tecnologia, mas o executivo não abriu quais. Atualmente, a empresa não tem entre seus clientes empresas brasileiras, apenas americanas e europeias.

“Estamos pleiteando com as maiores operadoras dos Estados Unidos para trazer tecnologia de ponta. O Brasil tem que se posicionar para conseguir essa parceria com os EUA e ser autorizado a conseguir essa tecnologia”, disse. Ele prevê que ao menos 2 mil empregos diretos sejam gerados pelo projeto.

Palamone afirmou que, dentre os critérios para a escolha de Maringá, está a capacidade de fornecimento de água e energia para rodar o data center, que deve consumir 400 mil MW.

O prefeito da cidade, Silvio Barros (PP), destacou, a uma plateia de empresários e lideranças políticas, o hub de carga aérea internacional que deve começar a operar nos próximos anos, o aeroporto próprio — ou seja, o município pode definir usos para o local — e o fato de a cidade figurar sempre no topo dos rankings de qualidade de vida.

A prefeitura tem uma área de 1 milhão de m2 ao lado do aeroporto para a criação da ZPE, mas está buscando outras áreas para expandir a zona especial e, segundo Barros, tem R$ 100 milhões previstos para a compra de terrenos, fora a infraestrutura, cujo custo ainda não está dimensionado. “O primeiro passo é como nós vamos estruturar o terreno para a ZPE e, a partir daí, começar os projetos definitivos.”

ZPEs são áreas de livre comércio destinadas à produção e exportação de bens e serviços com suspensão de recolhimento de IPI, Pis-Cofins e Imposto de Importação na aquisição de insumos e matérias-primas, entre outros benefícios.

A criação da zona especial, entretanto, ainda depende de aval do governo federal. Das 14 autorizadas a funcionar no país, apenas quatro estão em operação, no Porto do Pecém (CE), em Parnaíba (PI), em Cáceres (MT) e em Uberaba (MG).

Irmão do prefeito, o deputado federal e secretário de Indústria, Comércio e Serviços do Estado do Paraná, Ricardo Barros (PP), afirmou que já esteve com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para tratar da ZPE de Maringá. “Vamos conseguir porque faremos o pedido dentro de todas as exigências técnicas que o ministério faz”, garantiu.

Segundo o secretário, há uma expectativa de que em até 120 dia, após o protocolo de pedido, a ZPE será aprovada porque a solicitação será feita por um poder público. Caso fosse um pedido privado, o prazo seria maior por envolver questões como licitação.

A prefeitura ainda vai decidir se a ZPE será solicitada formalmente por ela própria ou pela administradora do aeroporto, que é uma empresa de economia mista. A ideia é atrair mais empresas com foco em tecnologia para Maringá.

*Com informações do Valor Econômico

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