Acordo de R$ 170 bilhões sobre Mariana é positivo para a Vale, dizem analistas

Analistas ouvidos pelo Valor afirmam que a divulgação pela Vale, BHP e Samarco inclui R$ 100 bilhões a serem pagos ao longo de 20 anos para o governo federal, os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais e os municípios. Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, diz que o prazo é positivo para a Vale […]

Analistas ouvidos pelo Valor afirmam que a divulgação pela Vale, BHP e Samarco inclui R$ 100 bilhões a serem pagos ao longo de 20 anos para o governo federal, os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais e os municípios.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, diz que o prazo é positivo para a Vale e que esse ponto deve levar as ações da companhia a subirem na segunda-feira (21): “Demoraram quase dez anos para conseguir o acordo, o acidente foi em novembro de 2015, mas o importante é ter tirado da mesa”.

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Segundo Arbetman, o acordo sobre Mariana era um dos três pontos que impediam o crescimento da Vale, além da escolha do novo presidente e dos efeitos da economia chinesa. “A questão do CEO já havia sido resolvida quando a empresa resolveu dar continuidade, com a escolha do [Gustavo] Pimenta. A China teve as primeiras rodadas de estímulos. Agora, veio o acordo de Mariana para sacramentar”.

O analista do Itaú BBA, Daniel Sasson, faz coro com a ideia de que a tira da frente um dos temas de discussão do mercado dos últimos anos. Era uma questão delicada que dificultava investimentos por parte de fundos estrangeiros”.

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Para Sasson, o acordo deve diminuir o lucro líquido da Vale no terceiro trimestre, que será divulgado na próxima quinta-feira (24). Mas, na visão do analista, isso não é um problema, uma vez que a companhia está antecipando essa informação, e não virá como surpresa na divulgação do resultado.

Em fato relevante na tarde desta sexta-feira (18), a Vale estima que R$ 5,3 bilhões (US$ 956 milhões) sejam adicionados aos passivos relacionados à reparação de Mariana nos resultados do terceiro trimestre. “Esse valor é mais baixo do que o esperado de provisão. O acordo foi interessante até na parte financeira”, disse o analista do Itaú BBA.

Conforme informou a Vale, dos quase R$ 170 bilhões previstos no acordo, R$ 38 bilhões já foram pagos; R$ 100 bilhões serão pagos em 20 anos aos governos federais e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, além dos municípios; e os demais R$ 32 bilhões serão pagos em obrigações de execução da Samarco, como indenizações individuais e recuperação ambiental.

Mais cedo, a coluna de Lauro Jardim, de “O Globo”, informou que a conclusão do acordo deve ser anunciada na próxima sexta-feira (25). No mesmo dia, a Vale fará teleconferência de resultados com analistas e investidores referente ao balanço do terceiro trimestre.

*Com informações do Valor Econômico

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