Sem Sicupira e filho de Lemann: acionistas da Americanas (AMER3) elegem novo conselho

Composição no novo colegiado mantém nomes fiéis aos acionistas de referência, que aumentaram sua participação para 49,24% do capital da companhia depois do aporte feito para socorrê-la

Fachada de unidade da Americanas. Foto: Davi Corrêa/Futura Press/Estadão Conteúdo
Fachada de unidade da Americanas. Foto: Davi Corrêa/Futura Press/Estadão Conteúdo

Os acionistas da Americanas (AMER3) aprovaram nesta quinta-feira (5) a nova composição do conselho de administração da varejista. A alteração sela a saída de Carlos Alberto Sicupira e de Paulo Lemann, filho do empresário Jorge Paulo Lemann, mas mantém nomes fiéis aos acionistas de referência, que aumentaram sua participação para 49,24% do capital da companhia depois do aporte feito para socorrê-la.

Três dos eleitos já faziam parte do conselho. Um deles é Eduardo Saggioro Garcia, sócio da LTS, holding de Lemann, Marcel Telles e Sicupira. Saggioro já foi presidente do colegiado.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Os outros são Claudio Garcia, ex-executivo e ex-conselheiro da AB Inbev, cervejaria controlada pelo trio; e Vanessa Claro Lopes, que integra diversos conselhos de administração de empresas. A executiva ocupava um dos assentos de conselheiros independentes e integrava o comitê de auditoria da Americanas quando a fraude bilionária da empresa veio à tona em janeiro de 2023.

Na nova configuração, Lopes continua como membro independente e entram Maria Rita Coutinho, conselheira e membro da comissão de auditoria do Banco CTT, de Portugal, e Paula Magalhães, ex-CEO da Rede, credenciadora de cartões do Itaú Unibanco.

Últimas em Negócios

Como representantes dos acionistas de referência, entram Saggioro; Garcia; o ex-CEO da Ambev Luiz Fernando Edmond, que comandou a cervejaria americana Anheuser Busch; e Yuiti Matsuo Lopes, também da LTS.

Os nomes já eram conhecidos desde o fim do ano passado. Foram indicados em meio às discussões com os bancos para a costura do acordo de credores que resultou na capitalização de R$ 24 bilhões feita na companhia, sendo metade aportada pelos acionistas de referência e metade, pelas instituições financeiras na forma de conversão de dívidas.

Os bancos, que se tornaram acionistas da empresa nesse processo, não participarão da gestão e não indicaram representantes para o colegiado. O mandato dos novos conselheiros é de dois anos, com possibilidade de recondução por mais dois.

A assembleia contou com a participação de acionistas representando 53,4% dos acionistas da Americanas, quórum insuficiente para a votação de outros dois itens da pauta, que tratavam da alteração e da consolidação do estatuto social da empresa após o aumento de capital. Esses itens requeriam presença de dois terços dos acionistas. Uma nova assembleia será convocada para votá-los.

Houve poucas intervenções de minoritários no encontro, feito de forma virtual. Um dos questionamentos veio de Inácio de Barros Melo, pernambucano que, semanas atrás, ganhou notoriedade por ter se tornado um dos acionistas mais relevantes da Americanas, com uma fatia de 12,52% do capital. Ele levantou dúvidas sobre a data de corte para participação de acionistas na votação.

Também se manifestou Ricardo Ximenes de Sousa, advogado do Espírito Santo, que disse desejar a recuperação da companhia. “Deus projeta a todos nós”, afirmou. O presidente da Americanas, Leonardo Pereira Coelho, agradeceu.

Com informações do Valor Econômico

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS