Morning call: mercado espera manutenção dos juros no Brasil e nos EUA; o que muda nesta ‘Super Quarta’?
Nesta quarta-feira, as atenções dos analistas e investidores estarão voltadas para os comunicados das autoridades monetárias do Brasil e Estados Unidos
No morning call desta quarta-feira, todos os olhos do mercado estão voltados para as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Banco Central norte-americano (Fed). Ambos decidem hoje o futuro de suas taxas de juros.
Mais cedo, nesta quarta, o Banco do Japão (BoJ) anunciou também sua decisão de juros e decidiu elevar suas taxas referenciais em 0,15 ponto percentual para 0,25%. Para Matt Simpson, analista da Forex.com, o BoJ elevou os juros mais que o antecipado. Anteriormente, eles estavam no patamar entre 0% e 0,1%.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Apelidada de “Super Quarta”, quando as reuniões das autoridades monetárias coincidem, há praticamente um consenso em torno das duas decisões que ainda estão por vir.
No Brasil, a taxa Selic deve permanecer em 10,50% ao ano, segundo analistas.
Últimas em Morning Call
Já nos Estados Unidos, o Fed deve manter as taxas de juros nos níveis atuais, no intervalo de 5,25% a 5,50%. Esta é a expectativa majoritária do mercado.
Morning call: o que muda nesta ‘Super Quarta’?
Diante da expectativa de manutenção das taxas, o foco dos agentes será no tom do comunicado e nos comentários das autoridades monetárias.
Desde a última reunião do Copom, há 45 dias, houve uma piora nos riscos. O dólar saiu de R$ 5,30 para mais de R$ 5,60.
Isso é interpretado pelo mercado como mais inflação no futuro. Segundo o Boletim Focus, divulgado na segunda, a expectativa de inflação piorou.
Com isso, os analistas deixaram de falar em retomada de corte dos juros. Pelo contrário, o receio é de que a piora no cenário leve o BC a sinalizar na direção contrária. Saiba mais em Visão do mercado sobre rumo da Selic mudou; e não foi para melhor.
Morning call: veja como foi o fechamento
O Ibovespa encerrou em queda na terça-feira, pressionado pelo recuo firme dos papéis da Vale ON, que caíram 2,21%, devido à depreciação do minério de ferro em meio a preocupações com a desaceleração da indústria chinesa.
O dólar à vista fechou em queda de 0,15%, a R$ 5,6173, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,6627 e a mínima de R$ 5,6092. Já o euro comercial recuou 0,26%, a R$ 6,0727.
Morning call: no que prestar atenção
A discussão em torno dos gastos do governo continua no radar do mercado. Isso porque eles também contam para a alta de juros, dado que podem aumentar a inflação no futuro. Ou seja, quando o governo gasta mais do que arrecada, a política monetária — isto é, os juros — precisa ser mais rígida
Para André Roncaglia, economista, professor da Unifesp e pesquisador do FGV-Ibre, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está atento ao fiscal.
Apesar do ajuste fiscal e do congelamento de R$ 15 bilhões, Roncaglia, que se coloca entre um dos economistas “progressistas”, diz que Haddad “está fiscalista”, embora não o seja, de fato.
“A decisão do ministro da Fazenda não depende dos seus anseios, mas do que a correlação de forças permite que ele faça”, diz em entrevista à Inteligência Financeira.
Leia entrevista completa, concedida ao repórter Raphael Coraccini.
Morning call: como fecharam as bolsas nos Estados Unidos
Os principais índices acionários de Nova York fecharam o dia em queda, pressionados pelas perdas em ações de big techs, enquanto os agentes aguardam os resultados trimestrais de algumas dessa companhias e o anúncio da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que acontece amanhã.
Em Wall Street, o índice S&P 500 caiu 0,50%, cotado a 5.436,44 pontos e o índice eletrônico Nasdaq recuou 1,28%, a 17.147,42 pontos. Dow Jones , por sua vez, fechou em alta de 0,50%, aos 40.743,33 pontos.
Os papéis da Nvidia afundaram 7,05%, puxando para baixo outras companhias como Amazon (-0,81%), Meta Platforms (-0,54%), Netflix (-0,70%) e Microsoft (-0,89%), que divulga seus resultados do segundo trimestre ainda hoje.
Como fecharam as bolsas da Ásia
As bolsas da Ásia fecharam o dia em alta enquanto os investidores ajustam suas posições antes da decisão de política de juros do Federal Reserve (Fed), a ser divulgada hoje.
No Japão, o índice Nikkei subiu 1,5% para 39101,82, revertendo perdas registradas durante o dia. Possivelmente a alta foi provocada por um movimento de compra de ações que ficaram baratas com o movimento de venda.
Entre os melhores desempenhos do Nikkei estavam Screen Holdings com alta de 9,2% e Toyo Suisan Kaisha avançando 7.7%. Depois do anúncio do corte, a moeda japonesa avançou mais de 1,5%. Por volta das 6h35, ela subia 1,42% ante o dólar a 150,508 ienes.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 1,2% a 2770,69, impulsionado por ações de semicondutores e de estaleiros. Samsung Electronics subiu 3,6% depois de divulgar resultados expressivos no segundo trimestre. O fabricante de chips SK Hynix avançou 3% e o estaleiro HD Hyundai Heavy Industries tenhe ganhos de 3,2%.
Já em Hong Long, o índice Hang Seng subiu 2% a 17344,60 enquanto os investidores analistam os resultados da reunião do Politburo da China e na expectativa da decisão do Fed. Ações de tecnologia e de farmacêuticas lideraram o pregão com Wuxi Biologics subindo 9,7% e Wuxi AppTec avançando 7,4%. Lenon e Xiaomi subiram 3,7% e 3,2% respectivamente.
O índice Shangai da China continental também subiu 2,1% a 2938,75 pontos, impulsionados por ações financeira em um momento em que os investidores não acreditam que o governo irá aplicar estímulos rapidamente na economia. Cinda Securities subiram 9,7% e China Galaxy Securities avançaram 8,5%.
Na Índia, o índice Sensex subia 0,29% no horário acima a 81.687,60, impulsionado por ações industrias e de siderúrgicas.
Com informações do Valor Econômico.