Bolsa de valores entra no último pregão do ano sem ter o que comemorar

Realidade atual do Ibovespa - 120 mil pontos - é bastante diferente do esperado no início do ano

Veja o desempenho das ações da B3 (B3SA3) Foto: Divulgação/B3
Veja o desempenho das ações da B3 (B3SA3) Foto: Divulgação/B3

A bolsa de valores entra no último pregão de 2024 sem ter o que comemorar. O ano que se encerra nesta semana foi muito difícil para o Ibovespa e essa é a principal conclusão do morning call desta segunda-feira (30).

Dessa forma, a bolsa orbita hoje em torno de 120 mil pontos. E a desvalorização no ano é superior aos 10%. É um cenário inversamente proporcional ao experimentado um ano antes. Assim, no finzinho de 2023 o Ibovespa experimentou rali de valorização.

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Assim, o bom desempenho fez muita gente apostar que a bolsa poderia, sim, atingir os 150 mil pontos neste ano que se encerra agora. Não aconteceu. E muito em função dos acontecimentos deste segundo semestre. Especialmente esta parte final do ano.

Então, vale lembrar: o governo demorou semanas para anunciar um pacote fiscal, o mercado não gostou do que foi apresentado. Sobretudo pelo anúncio de isenção do Imposto de Renda que ocorreu ao mesmo tempo.

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Dessa maneira, o dólar passou a escalar e agora é normal ele valer mais que R$ 6. Na outra ponta, o descumprimento da meta de inflação imposta pelo Banco Central – o que é certo – também não ajudou em nada os ativos de renda variável.

A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, mostra elevação de 4,71% em 2024.

Dessa forma, a bolsa não chega aos 150 mil pontos. Mas a economia real convive agora com juros básicos em 12,25% ao ano.

Esse patamar foi atingido após o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a Selic em 100 pontos-base. Dois novos aumentos da mesma magnitude estão previstos para as duas primeiras reuniões de 2025. Assim, vale ficar de olho como foi o fechamento da última sexta-feira.

Morning call: como as bolsas de valores fecharam

O Ibovespa recuou no penúltimo pregão do ano em dia que foi de volatilidade elevada e liquidez reduzida.

A alta dos juros futuros pressionou as ações domésticas, enquanto investidores analisaram dados macroeconômicos e novidades sobre o pagamento das emendas parlamentares. Ao todo, 26 ações terminaram estáveis, o que indica falta de disposição para negociações nesta reta final do ano.

No fim do dia, o índice cedeu 0,67%, aos 120.269 pontos.

Nas mínimas intradiárias tocou os 120.252 pontos e, nas máximas, os 121.609 pontos.

Na semana o Ibovespa recuou 1,50%. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15 de sexta-feira) foi de R$ 12 bilhões no Ibovespa e R$ 16 bilhões na B3.

Em Nova York, o S&P 500 caiu 1,11%, o Dow Jones fechou em queda de 0,77% e o Nasdaq recuou 1,49%.

Com informações do Valor Econômico

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