Morning call: Selic e inflação em alta ditam o ritmo ‘heavy metal’ esperado pelo mercado

Tanto a taxa básica de juros quanto a inflação oficial do país seguem ditando o ritmo da bolsa

B3: painel mostra desempenho do Ibovespa. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O morning call indica que não há nada relevante na agenda econômica desta terça-feira (22). Dessa forma, o mercado deve seguir especulando – e precificando – em torno de dois assuntos principais. O patamar da taxa básica de juros, a Selic, estipulada pelo Banco Central. Assim como os novos patamares para a inflação. Que podem ou não se concretizar.

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Isso se confirma por duas informações divulgadas na segunda-feira. Assim, bem cedo, o Boletim Focus mostrou duas coisas.

Uma: a previsão dos agentes do mercado para a inflação oficial do Brasil (IPCA) subiu. De 4,39% para 4,50%. Isso para 2024. Outra: a mediana para a Selic manteve-se inalterada para este ano em 11,75%. Mas subiu de 11% para 11,25% no fim do ano que vem.

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Previsão do Bradesco: preste atenção

Assim, não chega a ser necessariamente uma surpresa o relatório de macroeconomia emitido pelo Bradesco. O banco acha que o Copom vai acelerar o carro da taxa básica de juros na próxima reunião em novembro. De alta de 0,25 p.p. para 0,50 ponto porcentual. Com isso, estima a instituição financeira, a Selic fecha o ano em 11,75%.

O motivo? Segundo o Bradesco, a inflação. “Tanto o tom mais duro adotado na comunicação como suas projeções de inflação apontam para uma taxa Selic terminal bastante mais elevada”, indica o banco.

De tom em tom, a música do mercado se assemelha mais ao heavy metal do que ao soft pop.

Morning call: fechamento da bolsa em SP

O Ibovespa terminou a sessão em queda de 0,11%, aos 130.362 pontos, oscilando entre 130.157 pontos na mínima e 131.124 pontos na máxima do dia.

Dessa maneira, o pregão foi negativo para as ações de blue chips, com destaque para o recuo visto nos papéis da Petrobras.

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As ações PN da petroleira caíram 1,57% a R$ 36,25 e as ON tiveram queda de 1,83% a R$ 39,63.

Notícias envolvendo uma proposta de fusão da Hypera com a EMS, além de dados de entregas melhores do que o esperado para a Embraer, estiveram no foco dos investidores.

As perspectivas fiscais e as eleições americanas também seguiram no radar de agentes financeiros e provocaram cautela nos negócios em mais um dia de volume financeiro baixo, que chegou a R$ 14 bilhões no índice e de R$ 18,2 bilhões na B3.

E nos Estados Unidos?

Então, as bolsas de Nova York fecharam em terreno negativo pressionadas pela forte alta dos rendimentos dos Treasuries, por sua vez, impulsionados por pesquisas que mostram o aumento de chances de vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro.

Assim, a exceção foi o índice Nasdaq que oscilou entre altas e baixas durante o pregão e fechou com ligeira alta. Ele sustentado pelas ações da Nvidia.

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Dessa forma, no fechamento o índice Dow Jones caía 0,80% a 42.931,60 pontos, o S&P 500 recuava 0,18% a 5.853,98 e o Nasdaq subia 0,10% a 18.540,00.

Nvidia forte nos EUA

Por isso, a Nvidia – que sustentou o Nasdaq – fechou em alta de 4,14% fazendo com que o setor de tecnologia fosse o único do S&P 500 a encerrar o pregão no positivo. A alta foi de 0,93%.

O mercado aguarda balanços do terceiro trimestre de uma enxurrada de grandes empresas nesta semana, entre elas, Tesla, Coca-Cola e IBM.

Hoje, um possível acordo entre Boeing e seus funcionários fez com que a fabricante de aviões fechasse em alta de mais de 3%.

Já American Express, Travelers e Goldman Sachs caíram mais de 2%, levando o setor financeiro a um dos piores desempenhos do dia. A queda foi de 0,8%.

Morning call e o fechamento dos mercados na Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção comum, seguindo o sinal misto de Wall Street no pregão de ontem, com queda de 1% em Tóquio refletindo incertezas antes das eleições gerais no Japão no domingo.

E com avanço nas ações de montadoras em Hong Kong.

Como foi no Japão?

Dessa forma, no Japão o índice Nikkei 225 caiu 1,39% a 38.411,96 pontos e, na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 1,31% a 2.570,70 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,1% a 20.498,95 pontos. Na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 0,54% a 3.285,86 pontos.

As últimas pesquisas mostraram que a coalizão governante no Japão, do Partido Liberal Democrata (LPD) e do Novo Komeito, está perdendo apoio antes da eleição, diz o ING, em relatório.

“O enfraquecimento político do primeiro-ministro Shigeru Ishiba pode levar a um novo atraso nos planos de normalização do Banco do Japão (BoJ)”, afirma o ING.

Além disso, dirigentes do Federal Reserve (Fed), incluindo Lorie Logan, Neel Kashkari e Jeff Schmid, pareceram bastante cautelosos sobre o afrouxamento monetário futuro nos Estados Unidos em discursos realizados ontem, segundo o ING.

Na Bolsa de Hong Kong, as ações de montadoras se destacaram entre os maiores ganhos do pregão, com os papéis da Geely Automobile em alta de 7,1% e os da Li Auto de 5%.

Com informações do Valor Econômico

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