Morning call: ata do Fed pode confirmar tamanho e ritmo dos cortes de juros nos EUA

Nesta quarta quarta-feira, os agentes de mercado irão ficar atentos à publicação da ata da última reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos

Telão durante pregão da Bolsa de NY (NYSE) mostra discurso de Jerome Powell, presidente do Fed. Foto: Reuters/Andrew Kelly
Telão durante pregão da Bolsa de NY (NYSE) mostra discurso de Jerome Powell, presidente do Fed. Foto: Reuters/Andrew Kelly

Nesta quarta quarta-feira (21), os agentes de mercado irão ficar atentos à publicação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos (EUA).

O Fed pode sinalizar que começará a cortar as taxas em setembro. Ainda assim, há expectativa com relação ao tamanho e o ritmo dos cortes. Em sua última reunião de política monetária, em 31 de julho, o Fed manteve a taxa de juros estável no intervalo de 5,25% a 5,50%.

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No Brasil, não há indicadores relevantes na agenda econômica. Por aqui, o mercado segue repercutindo as falas de autoridades e gestores no evento do BTG de terça-feira. Os temas que dominaram a pauta foram a inflação, a política monetária junto com a sucessão no Banco Central (BC) e o déficit fiscal brasileiro.

Juros no Brasil e a troca de comando no BC

Com a troca do comando do BC no radar e o endurecimento do discurso por um integrante que é forte candidato a assumir o comando da autoridade monetária (Gabriel Galípolo), a alta de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) já parece ser um jogo certo, segundo gestores de recursos de referência. A Selic está hoje em 10,5% ao ano.

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Diante do cenário de juros altos por mais tempo no Brasil, a bolsa de valores foi também um tema recorrente entre os gestores presentes no evento do BTG.

Conhecido por operar fundos que investem, principalmente, em juros e câmbio, André Jakurski da gestora JGP foi questionado sobre como ele encara o recente momento da bolsa. Jakurski respondeu:

“Para quem não está com uma ajuda profissional, é melhor ficar na renda fixa. Pra quem tem ajuda profissional, um pouco de bolsa”, afirmou.

O gestor comparou a bolsa e o CDI á fábula da lebre e da tartaruga, do francês Jean de La Fontaine. Segundo ele, no Brasil, a bolsa é uma lebre. Corre, mas cansa e perde para a tartaruga, os juros, que mesmo sem muita emoção, estão sempre andando.

Para saber mais sobre a perspectiva de André Jakurski sobre os investimentos, leia Brasileiro tem de buscar renda fixa e olhar menos para ações, diz gestor.

Morning call: como fechou a bolsa de valores na terça-feira?

O Ibovespa sustentou o fôlego da sessão anterior e registrou novo recorde de fechamento, com suporte de ações de exportadoras, diante da alta do dólar ante o real.

Já o avanço dos juros de longo prazo pressionou os papéis ligados à economia doméstica, como reflexo das declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em que evitou apontar a possibilidade de uma alta na Selic na próxima reunião do colegiado.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,23%, aos 136.087 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 15,26 bilhões no Ibovespa e R$ 21,18 bilhões na B3.

Morning call: como fecharam as bolsas de Nova York?

As bolsas de Nova York fecharam o pregão de terça-feira em queda moderada, dando uma pausa no rali de recuperação das bolsas nova-iorquinas – após o “sell-off” do começo de agosto.

O índice Dow Jones encerrou em queda de 0,15%, a 40.834,97 pontos; o S&P 500 recuou 0,20%, a 5.597,12 pontos; e o Nasdaq cedeu 0,33%, a 17.816,94 pontos.

Morning call: como fecharam as bolsas da Ásia?

As bolsas da Ásia fecharam em queda nesta quarta em um movimento de ajuste de posições antes da divulgação da ata da reunião de julho do Fed.

Japão

O índice Nikkei, da bolsa do Japão, caiu 0,3% a 37951,80 pontos.

Depois da recente liquidação, o mercado acionário japonês parece mais equilibrado em termo de moeda e valuation de ações, de acordo com Kelly Chung, diretora de investimentos do Value Partners.

Entre os piores desempenhos do dia estão Sumitomo Forestry, com queda de 3,7% e Shiseido, que recuou 5,9%.

Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou o dia em alta de 0,2% a 2701,13, impulsionado por ações de baterias e de concessionárias.

A fabricante de baterias para carros elétricos LG Energy Solution subiu 6,1% depois de informar que seu número de patentes de sistemas de gestão de baterias superou a de rivais japoneses e chineses. Korea Electric Power subiu 5,2%.

Hong Kong

O índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, caiu 0,7% a 17391,01 em meio a uma queda ampla nos mercados regionais asiáticos, com os investidores analisando os dados de lucros corporativos e notícias econômicas.

A varejista on-line JD.com liderou as perdas, caindo 8,7% depois que o Walmart informou que pretende vender sua participação na JD.com avaliada em US$ 3,7 bilhões. CSPC Pharmaceutical caiu 5,65% depois de divulgar seu balanço e o WuXi AppTec recuou 3%.

China continental

Já na China continental, o índice Shanghai caiu 0,35% a 2856,58 pressionado por ações de empresas de biotecnologia. Shanghai Fosum Pharmaceutical caiu 1,3% e Yunnam Botanee caiu 1,4%.

Os investidores aguardam a decisão do banco central chinês sobre os juros de empréstimos de longo prazo, depois de deixar os juros de referência inalterados no início da semana.

Índia

Na Índia, por volta das 6h37, o índice Sensex subia 0,06% a 80839,72, em dia de alívio depois das turbulências das últimas semanas. UltraTEch Cement caía 1,3% e Tech Mahindra recua 0,7%.

Com informações do Valor Econômico.

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