Morning call: sem agenda econômica relevante, mercado repercute decisões de juros do Brasil e EUA

Mercado hoje deve digerir as taxas de juros anunciadas no Brasil e EUA

Pregão da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Pregão da B3. Foto: Amanda Perobelli/Reuters

O morning call de hoje indica que não há fatos relevantes para o mercado repercutir nesta quinta-feira (21). O mercado, portanto, deve ficar de olho no retrovisor. Digerindo as decisões da véspera sobre taxa de juros emitidas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

No radar do mercado, também, deve pairar expectativa sobre balanços a serem divulgados hoje.

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Entre os mais importantes, estão:

Mas sem dúvida, o balanço mais importante é o da Sabesp. Na terça-feira, portanto, antes da divulgação dos números do quarto trimestre do ano passado, o Itaú BBA emitiu relatório bastante positivo sobre a companhia.

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“Após incorporar o novo marco regulatório proposto no processo de consulta pública do novo contrato de concessão, elevamos nossas estimativas para a Sabesp e definimos um novo preço-alvo de R$ 120,30/ação ao fim de 2024”, informa o relatório assinado por Marcelo Sá e equipe de energia elétrica.

Anteriormente o preço-alvo estava em R$ 83,60 por ação. Dessa forma, o relatório reitera recomendação de compras para o papel da companhia.

Morning call: relembre as decisões do Fed e do Copom

Decisão no meio da tarde do Federal Reserve deixou os juros norte-americanos inalterados no intervalo de 5,25% a 5,50%. Continua, portanto, no maior patamar desde 2001. Vale destacar que a decisão era amplamente esperada pelo mercado.

Já o Copom emitiu sua decisão no fim do dia, após o fechamento de ontem do mercado. A taxa básica de juros caiu 0,50 ponto porcentual. Assim, ela desceu de 11,25% para 10,75% ao ano.

Vale lembrar que o mercado fechou em alta de 1,25%, a 129.124,83 pontos.

Já o dólar registrou queda de 1,10%. O dólar ficou cotado então a R$ 4,9744.

Bolsas da Ásia fecham majoritariamente em alta, após Fed considerado ‘dovish’

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reafirmar projeção de que cortará juros três vezes este ano e, ao mesmo tempo, deixar suas taxas inalteradas.

Na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 2,03% em Tóquio, à nova máxima histórica de 40.815,66 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 2,41% em Seul, a 2.754,86 pontos, o Hang Seng avançou 1,93% em Hong Kong, a 16.863,10 pontos, e o Taiex registrou ganho de 2,10% em Taiwan, a 20.199,09 pontos.

Como era amplamente esperado, o Fed manteve seus juros nos níveis atuais pela quinta vez consecutiva, mas também reiterou previsão de que reduzirá as taxas três vezes este ano, consolidando apostas de que o corte inicial virá em junho. O anúncio do Fed, que foi considerado mais “dovish” (favorável à concessão de estímulos) do que o esperado, levou Wall Street a novas máximas históricas de fechamento ontem.

Na China continental, porém, os mercados tiveram leves perdas hoje, ignorando não apenas o Fed como também novos sinais de que o PBoC – o BC chinês – planeja flexibilizar sua política monetária. O Xangai Composto caiu 0,08%, a 3.077,11 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,13%, a 1.804,31 pontos. Pesaram nos negócios ações de bens duráveis, caso da Midea (-2,15%), e de telecomunicações, como da China Mobile (-1%).

Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou a euforia com o Fed e teve seu melhor pregão em quase sete semanas. O S&P/ASX 200 avançou 1,12% em Sydney, a 7.782,00 pontos.

Como fecharam as bolsas nos Estados Unidos

As bolsas de Nova York fecharam em alta e os três principais índices de Wall Street renovaram suas máximas históricas após a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e a coletiva de seu presidente, Jerome Powell, consolidarem as apostas do mercado de que os juros serão cortados na reunião de junho.

A decisão impulsionou as bolsas de Nova York, que nesta quarta abriram mistas e expandiram ganhos conforme o apetite por risco foi crescendo. A última vez que todos os três índices fecharam com recorde no mesmo dia foi em 8 de novembro de 2021, de acordo com o Dow Jones Market Data.

No fechamento, o índice Dow Jones subiu 1,03%, aos 39.512,13 pontos; o S&P 500 teve alta de 0,89%, aos 5.224,62 pontos; e o Nasdaq acumulou ganhos de 1,25%, aos 16.369,41 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires do Estadão Conteúdo.

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