Morning call: notícias devem vir mais do exterior, mas vale ficar de olho na volatilidade do Tesouro Direto

Confira o que pode ser notícia no mercado e quais são os detalhes dos fechamentos das bolsas no Brasil e EUA.

Esse morning call mostrará que a quinta-feira (17) trará mais novidades nos mercados fora do Brasil do que será movido por notícias domésticas.

Isso porque teremos dois indicadores importantes que saem logo pela manhã e podem mover os mercados globais.

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Começamos pelo exterior

Quem deve sair primeiro é a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os juros na zona do euro.

Logo após, serão divulgados os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, um indicador que mostra quão aquecida está a economia norte-americana.

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O resultado costuma ser uma das variáveis que o Federal Reserve, o Fed, banco central dos EUA, leva em consideração para calibrar a taxa de juros no país.

Olho no Tesouro Direto

Como reportagem de Renato Jakitas mostrou, a volatilidade nos títulos do Tesouro Direto provocaram uma paralisação nas negociações dos papéis durante toda a manhã de ontem.

A suspensão aconteceu um dia depois do Tesouro Nacional pagar a maior taxa de juros do ano, fato que foi atribuído ao aumento do ceticismo com relação ao cumprimento das regras fiscais pelo governo.

Importante notar que esse cenário teve modificação ao longo da quarta, já que o Ibovespa ficou no positivo embalado, principalmente, por um otimismo com falas de Haddad em relação ao compromisso do governo com o arcabouço fiscal.

Dito tudo isso, vamos então rememorar como fecharam as bolsas no Brasil e Estados Unidos.

Morning call: a bolsa no Brasil

O Ibovespa encerrou em alta nos negócios de hoje, impulsionado por ações da Vale, cujos resultados trimestrais foram considerados positivos pelo mercado

E após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçar o compromisso fiscal do governo.

A notícia de que existe a possibilidade de as estatais se tornarem independentes causou mau humor entre os agentes.

Mas as declarações do ministro amenizaram as preocupações e aceleraram os ganhos do índice.

Dessa maneira, no fim do dia, o índice subiu 0,54%, aos 131.750 pontos.

Na mínima intradiária, o Ibovespa chegou a 130.780 pontos, enquanto na máxima tocou os 132.233 pontos.

Assim, o volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 19 bilhões no Ibovespa e de R$ 24 bilhões na B3.

Bolsas nos Estados Unidos

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira superando uma hesitação inicial e ganhando suporte do setor financeiro, das companhias aéreas e das concessionárias de serviços.

O foco do pregão ficou nos resultados das empresas referentes ao desempenho no terceiro trimestre.

O setor de tecnologia teve uma ligeira alta de 0,36% amparada pela recuperação da Nvidia, que terminou o dia com alta de 3,31%. Já a ASML estendeu as perdas de ontem e caiu mais 6,43%

No fechamento, o índice Dow Jones subia 0,79% a 43.077,70, o S&P subia 0,47% a 5.842,47 e o Nasdaq ganhava 0,28% a 18.367,08 pontos.

As ações das companhias aéreas registraram alta expressiva depois que a United Airlines relatou um lucro trimestral melhor do que o esperado e informou uma redução na disponibilidade de voos baratos.

As ações da United subiram 12,4% e levou junto outras aéreas, com a Delta Air Lines ganhando 6,8% e a American Airlines avançando 7,1%

Suporte veio também do setor financeiro, com o Morgan Stanley divulgando um lucro de US$ 3,18 bilhões, alta de 32% no terceiro trimestre em base anual, ficando acima do esperado por economistas.

A ação terminou o dia em 6,43% e impulsionou outros bancos, com o Bank of America subindo 1,56%, Goldman Sachs +1,43% e Wells Fargo +1,30%.

Assim, isso fez o setor financeiro um dos destaques de ontem, com alta de 1,22%, ao lado das concessionárias, com alta de 2%.

Fechamento das bolsas na Ásia

Os principais índices acionários da Ásia fecharam em queda, com ações do setor imobiliário levando as bolsas de Hong Kong e de Xangai a caírem mais de 1%, após as novas medidas voltadas ao setor anunciadas pela China decepcionarem os investidores.

O índice Nikkei 225 do Japão fechou em baixa de 0,68% a 38.911,19 pontos e o índice Kospi da Coreia do Sul caiu 0,04% a 2.609,30 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 1,02% a 20.079,10 pontos e, na China continental, o índice Xangai Composto teve queda de 1,05% a 3.169,3843 pontos.

As autoridades da China planejam acelerar o crédito para incorporadores imobiliários em dificuldades e pretendem reformar 1 milhão de apartamentos nas chamadas favelas urbanas, mas as medidas não corresponderam às esperanças de um suporte de liquidez mais específico.

“Não é segredo que a economia da China está enfrentando dificuldades e a recuperação simplesmente não parece decolar. Os esforços até agora do banco central da China e do Politburo para apoiar a economia, reduzindo efetivamente os custos e aumentando as oportunidades de crédito, provavelmente não serão suficientes para impulsionar a economia”, diz o Rabobank, em relatório.

“As medidas anunciadas na conferência de imprensa incomum de quinta-feira pelo ministro da Habitação da China, voltadas para apoiar o setor imobiliário — como o aumento do crédito para projetos paralisados — provavelmente não mudarão essa narrativa”, afirma o banco.

No Japão, as ações caíram com os investidores à espera de novos dados econômicos nos Estados Unidos, incluindo vendas no varejo e pedidos de seguro-desemprego. Entre os piores desempenhos do índice de referência, as ações da fabricante de máquinas Fujikura cairam 4,9%. Ainda hoje, o Banco Central Europeu (BCE) divulga sua decisão de política monetária.

Com informações do Valor Econômico

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