Morning call: a agenda é fraca, mas dólar, petróleo e Vale (VALE3) deixam tudo aberto

Confira o que pode ser notícia no mercado e quais são os detalhes dos fechamentos das bolsas no Brasil e EUA.

Logo da mineradora Vale (VALE3) - Foto: Washington Alves/Reuters
Logo da mineradora Vale (VALE3) - Foto: Washington Alves/Reuters

O calendário econômico é bastante limitado nesta quarta-feira (16). Mas o dia começará bastante aberto para os agentes do mercado que precisam ter muitos braços para acompanhar o preço do petróleo, a cotação do dólar e a saúde da Vale (VALE3). Eis a principal conclusão do morning call de hoje.

Começamos pelo dólar

Assim, a moeda norte-americana avançou na terça-feira com força diante do real.

Inscreva-se e receba agora mesmo nossa Planilha de Controle Financeiro gratuita

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Subiu mais de 1% e consolidou um movimento de elevação observado pelos agentes nas últimas semanas.

Dessa forma, todos estarão de olho na moeda nesta quarta-feira. O quadro será o mesmo ou diferente? Assim, para entender o momento do dólar, vale ler esta reportagem assinada por Raphael Coraccini.

Últimas em Morning Call

Petróleo (e Petrobras) no foco do morning call

Então, se o dólar está no foco do mercado, o mesmo aplica-se ao petróleo.

Primeiro porque o preço está em franca queda.

O tipo Brent, com entrega para dezembro, caiu na terça-feira mais de 4%. E está cotado em torno de R$ 74 o barril. E na bolsa brasileira o que ocorre com o petróleo repercute imediatamente em uma das maiores empresas do índice, a Petrobras (PETR4).

Por fim, será no pregão desta quarta-feira que o mercado repercute o relatório de produção e venda da Vale (VALE3). O documento é considerado como uma prévia dos resultados da mineradora. Estes, por sua vez, serão conhecidos no dia 24 de outubro, após o fechamento do mercado.

Dito tudo isso, vamos então rememorar como fecharam as bolsas no Brasil e Estados Unidos.

Morning call: a bolsa no Brasil

O Ibovespa encerrou praticamente estável nas negociações, em meio ao aumento de expectativa pelo corte de gastos do governo e à queda do preço das commodities no mercado internacional.

Embora as ações da Vale e da Petrobras pressionarem negativamente o índice, as ações ligadas à economia doméstica deram suporte à bolsa brasileira.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,03%, aos 131.043 pontos.

Na mínima intradiária, o Ibovespa chegou a 130.200 pontos, enquanto na máxima tocou os 131.457 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 14 bilhões no Ibovespa e de R$ 20 bilhões na B3.

Bolsas nos Estados Unidos

As bolsas de Nova York fecharam em queda pressionadas pela redução em torno de 4% dos preços do petróleo que impactaram as empresas de energia e pesaram no Nasdaq.

Queda de 8% nas ações da Unitedhealth provocada por aumento de custos também pesou no Dow, depois de ter registrado recorde de alta ontem.

No fechamento, o índice Dow Jones caía 0,75% a 42.740,42, o S&P recuava 0,76% a 5.815,26 e o Nasdaq perdia 1,01% a 18.315,59 pontos.

Pressão veio também da queda de 16,26% das ações da ASML, fabricante de chips holandesa.

Embora tenha registrado lucro e receita no terceiro trimestre acima do ano passado, a empresa apresentou pedidos abaixo do esperado pelos analistas, o que levou a um movimento de vendas pelos investidores.

A queda da ASML impactou a Nvidia, que acabou fechando em queda de 4,69%, também influenciada pelas informações de que autoridades dos EUA querem limitar as vendas de chips avançados de Inteligência Artificial para certos países no interesse da segurança nacional.

Com a queda do petróleo, empresas do setor fecharam em forte queda. Chevron caiu 2,67% e ExxonMobil perdeu 3%. No total, o setor de energia fechou em queda expressiva de 3,04%.

Mesmo os bancos que registraram lucro por ação acima do esperado e registraram ganhos no início do dia terminaram a terça com perdas. Citi caiu 5,11%, Goldman Sachs perdeu 0,07% e Bank of America subiu 0,55%.

Fechamento na Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em queda, com baixa de mais de 1% em Tóquio seguindo as perdas de ontem em Wall Street, e com os participantes do mercado à espera de novos estímulos ao setor imobiliário na China.

O índice Nikkei 225 do Japão fechou em queda de 1,83% a 39.180,30 pontos e o índice Kospi da Coreia do Sul caiu 0,88% a 2.610,36 pontos.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 0,16% a 20.286,85 pontos e, na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 0,05% a 3.202,9480 pontos.

Perdas na bolsa de Tóquio

Assim, na Bolsa de Tóquio as perdas foram lideradas por empresas ligadas a semicondutores, com a Lasertec em queda de 13,4% e a Tokyo Electron de 9,2%. Isso após os papéis da fornecedora de equipamentos para chips ASLM despencarem ao alertar sobre uma crescente cautela entre seus clientes.

“Os resultados trimestrais fracos da ASML, que faz as máquinas de fabricação de chips mais avançadas do mundo, desencadearam uma queda nas ações de tecnologia. A ASML caiu 16% e a Nvidia caiu 4,5%”, dizem os economistas do ING, Deepali Bhargava e Min Joo Kang, em relatório.

Então, na Coreia do Sul, afirmam os economistas, com a taxa de desemprego ainda abaixo de 3% e a taxa de participação da força de trabalho aumentando, o banco central não estará muito preocupado com as condições do mercado de trabalho.

E deve fazer uma pausa por um tempo e retomar seus cortes de juros em abril de 2025.

Além disso, o ministro da habitação da China ferá uma coletiva de imprensa na quinta-feira, e os investidores estarão atentos ao anúncio de mais medidas de estímulo para sustentar o setor imobiliário no país.

Com informações do Valor Econômico

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS