Morning call: mercado segue movimento de ajustes, de olho nos balanços corporativos

Bolsas do Brasil e NY voltaram a fechar no positivo na terça-feira, mas mercado espera volatilidade por mais tempo. Na agenda de balanços, destaque para Banco do Brasil, Eletrobras e varejistas

Foto: Thana Prasongsin/Getty Images
Foto: Thana Prasongsin/Getty Images

O Morning call desta quarta-feira mostra uma agenda fraca de indicadores, porém repleta de balanços. No Brasil, o IGP-DI de julho e os dados semanais de fluxo cambial serão divulgados. O mercado, no entanto, deve se concentrar na agenda de balaços corporativos. Os destaques são: Banco do Brasil (BBAS3), Eletrobras (ELET3), CSN (CSNA3), Braskem (BRKM5), C&A (CEAB3), Casas Bahia (BHIA3), Copel (CPLE3) e Banco Inter (INBR32).

Os investidores seguem ajustando posições após o pânico nos mercados globais na sessão de segunda-feira. Apesar do fôlego renovado das bolsas – os índices de ações no Brasil, Nova York e Japão, por exemplo, fecharam no positivo na terça-feira (os dois primeiros) e nesta quarta-feira (o último). Ainda há receio de que a volatilidade dos mercados perdure. Isso pode afastar os investidores dos ativos de risco.

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De um lado alguns analistas avaliam que a recuperação das bolsas de valores ocorre à medida em que a preocupação em torno de uma possível recessão nos Estados Unidos (EUA) ficou em segundo plano.

Por outro lado, na segunda-feira, a alta do índice Vix, medida da expectativa de volatilidade do mercado de ações, disparou 65%. Foi o maior salto diário em mais de seis anos. No pico intradiário, chegou a subir 180%, o que teria sido a maior alta em pelo menos 20 anos. As fortes quedas dos últimos dias fizeram o S&P 500 recuar 7% desde seu pico, mesmo após a recuperação parcial da terça-feira.

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Na segunda-feira, nos Estados Unidos, os investidores de varejo foram “vendedores líquidos agressivos” no mercado, de acordo com uma análise do J.P. Morgan, tendo tirado mais de US$ 1,4 bilhão de ações individuais.

São sinais, segundo alguns analistas, que podem indicar tempos mais difíceis para as ações e reprimir a atividade nos mercados de capitais no curto prazo.

Morning call: como a bolsa de valores fechou na terça-feira?

O Ibovespa encerrou em alta de 0,8% a sessão de terça-feira, aos 126.267 pontos.

As ações de bancos e de exportadoras de commodities ajudaram a impulsionar o índice, como é o caso de Itaú PN e Bradesco PN que subiram 2,22% e 3,31%, respectivamente. Já os papéis ordinários da Vale avançaram 0,51%, enquanto os preferenciais da Petrobras subiram 1,74% e os ordinários 2,09%, em meio à alta do petróleo no mercado internacional.

O dólar encerrou a sessão em forte queda de 1,48%, cotado a R$ 5,6561, após tocar a máxima intradiária de R$ 5,7125 e a mínima de R$ 5,6308.

Já o euro comercial recuou em ritmo ainda mais forte, de 1,74%, a R$ 6,1824.

Morning call: no que prestar atenção

O Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou nesta terça-feira (6) que teve lucro recorrente de R$ 10,1 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,2% ante mesma etapa de 2023.

Além disso, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) subiu 1,5 ponto percentual sobre um ano antes, a 22,4%.

O ROE mede como uma empresa remunera o capital de seus acionistas.

Segundo a instituição, o aumento da margem financeira com clientes e da receita de serviços e seguros impulsionaram o resultado.

Leia o balanço completo do Itaú Unibanco (ITUB4) e fique ligado na nossa análise sobre o balanço, que será publicada nesta manhã de quarta-feira, após a conferência de resultados.

Como fecharam as bolsas nos Estados Unidos?

As principais bolsas de Nova York fecharam em alta firme, chegando a registrar ganhos de mais de 2% ao longo da sessão, em um dia de recuperação após o forte sell-off que tomou conta dos mercados globais no início da semana.

Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 0,76%, a 38.997,66 pontos; o S&P 500 avançou 1,04%, a 5.240,03 pontos; e o Nasdaq teve alta de 1,03%, a 16.366,86 pontos.

O setor de tecnologia foi destaque na recuperação. Assim, papéis de big techs, que foram mais atingidos por perdas nos últimos dias, avançaram e impulsionaram os índices. A Nvidia avançou 3,78%, enquanto a Meta Platforms subiu 3,86% e a Microsoft teve alta de 1,13%.

Bolsas da Ásia

As indicações do vice-presidente do Banco do Japão (BoJ), Shinichi Uchida, de que a autoridade monetária não irá elevar os juros enquanto os mercados estiverem instáveis, deram apoio a uma nova rodada de recuperação das bolsas asiáticas no pregão desta quarta-feira.

As ações chinesas, porém, não acompanharam o bom desempenho de outras praças, na medida em que os números da balança comercial do país voltaram a decepcionar.

Japão

O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou a sessão em alta de 1,19%, aos 35.089,62 pontos, ainda em uma recuperação parcial das perdas recentes, após Uchida ter descartado medidas adicionais de aperto monetário no momento em que a volatilidade aumentou de forma acentuada nos mercados financeiros.

Entre as ações vinculadas ao setor financeiro, os papéis do Sumitomo Mitsui Financial Group dispararam, ao fecharem em alta de 10,79%.

Coreia do Sul

Sentimento semelhante foi visto na Bolsa de Seul, onde o índice Kospi subiu 1,83%, para 2.568,41 pontos, também apoiado pelos sinais do BoJ e pela recuperação das bolsas de Nova York na sessão de ontem.

Além disso, o superávit em conta corrente mais amplo que o esperado da Coreia do Sul em junho também deu apoio ao sentimento dos investidores no país. As ações do KakaoBank subiram 8,74%, enquanto os papéis da Samsung Electronics anotaram valorização de 3,03%.

China continental e Hong Kong

Ainda nos negócios asiáticos, o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, terminou o dia em alta de 1,38%, aos 16.877,86 pontos.

Vale notar, porém, que o Xangai Composto, da Bolsa de Xangai, teve alta de apenas 0,09%, aos 2.869,83 pontos, após a balança comercial chinesa voltar a decepcionar as expectativas dos agentes com os dados referentes a julho, novamente com frustração nas exportações.

De acordo com os economistas Erin Xin e Taylor Wang, do HSBC, os dados de julho voltaram a mostrar um crescimento mais lento das exportações, embora as importações tenham aumentado de forma mais forte que as expectativas, diante de alguma melhora na demanda doméstica chinesa.

Com informações do Valor Econômico.

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