Produção industrial, Livro Bege do Fed e desdobramentos do PIB; confira o morning call

Confira o que esperar do mercado financeiro nesta quarta-feira

Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters
Foto: Rafael Henrique/SOPA Images/Reuters

Um dia após a divulgação do surpreendente PIB do segundo trimestre, o mercado financeiro passa a olhar para a produção industrial de julho no país e para a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, o banco central norte-americano. Esses são os dois principais pontos da agenda econômica desta quarta-feira (4), informa o morning call.

Mas isso não significa que o PIB será totalmente esquecido.

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Não será, sobretudo por análises como a divulgada por Sergio Vale.

Assim, o economista-chefe da MB Associados indica que o crescimento do PIB acima do esperado favorece revisões para cima e pavimenta o caminho para o Banco Central subir a taxa Selic em setembro.

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Dessa forma, essa mudança afeta o mercado tanto na renda variável quanto fixa.

Morning call: o que esperar da Vale e Petrobras

Reportagem publicada pelo repórter Pedro Knoth traz um panorama bastante interessante sobre as principais ações do Ibovespa. Tanto Vale (VALE3) quanto Petrobras (PETR3;PETR4) podem crescer, mas isso não será por conta das commodities. Leia mais a respeito.

Como fechou a bolsa de valores em SP

O Ibovespa encerrou em queda nesta terça-feira, pressionado pela desvalorização das ações da Vale e Petrobras.

Além disso, dados da indústria dos Estados Unidos mais fracos que as estimativas criaram uma aversão a risco global, que contaminou a bolsa brasileira.

Por outro lado, o Produto Interno Bruto (PIB) mais alto que o esperado ajudou a fortalecer papéis ligados à economia doméstica.

No fim do dia, o Ibovespa recuou 0,41%, aos 134.353 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 134.171 pontos e, na máxima, os 135.011 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15h) foi de R$ 16,77 bilhões no Ibovespa e R$ 22,26 bilhões na B3. 

E as bolsas nos Estados Unidos?

As bolsas de Nova York iniciaram setembro com forte queda na sessão desta terça-feira, que marcou o retorno dos mercados americanos após o feriado do Dia do Trabalho ontem.

Uma leitura mais fraca que o esperado do índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial dos Estados Unidos renovou os temores quanto à possibilidade da economia do país entrar em recessão. Ações do setor de tecnologia foram as mais penalizadas, puxadas por um tombo de 9% da NVidia.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,51%, a 40.936,93 pontos; o S&P 500 recuou 2,12%, a 5.528,93 pontos; e o Nasdaq tombou 3,26%, a 17.136,30 pontos.

Os 47,2 pontos do PMI industrial americano em agosto, conforme leitura do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), reacendeu os temores de que a atividade econômica nos Estados Unidos pode estar caminhando para uma desaceleração mais brusca do que o mercado precifica no momento.

O índice de volatilidade VIX, conhecido como o medidor do “medo” de Wall Street, subia 33,25% às 17h20, retornando ao patamar de 20 pontos, o mesmo alcançado durante o forte movimento de venda de ativos de risco do começo de agosto.

As ações de tecnologia, em especial as ligadas ao setor de inteligência artificial (IA) generativa, puxaram as perdas de hoje em Nova York. A NVidia despencou 9,53%; Intel recuou 8,80%; AMD caiu 7,82%; e a Broadcom cedeu 6,16%. Já o índice de tecnologia do S&P 500 teve queda de 4,43% ao fim do pregão.

Fechamento do mercado na Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em queda expressiva nesta quarta-feira na esteira da forte queda em Wall Street ontem, com os investidores temerosos com a possibilidade de um pouso forçado da economia depois que o índice de gerente de compras (PMI) industrial de agosto dos EUA do Instituto para Gestão de Oferta (ISM),

O índice de agosto veio em 47,2 pontos, abaixo do esperado, e revelando um aumento dos estoques do setor industrial, o que levou a um movimento de aversão de risco, principalmente entre ações de tecnologia, que contaminou outras regiões como Europa e Ásia. Pressão veio também do crescimento mais lento da China, mostrado pelo PMI Caixin de agosto.

Japão e Coreia do Sul

No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 4,2% a 37047,61, pressionado por ações ligadas à tecnologia seguindo Nova York. Entre as ações, Tokyo Electron caiu 8,6% e Advantest recuou 7,7%.

O índice Kospi da Coreia do Sul caiu 3,1% a 2580,80, pressionado por ações de semicondutores e internet também seguindo as perdas registradas em Wall Street. SK Hynix recuou 8%, seguindo a forte queda registrada pela gigante de inteligência artificial Nvidia, que perdeu mais de 9% ontem. Hanmi Semiconductor caiu 7%, Naver recuou 4,7% e Samsung Electronics recuou 3,5%.

Hong Kong

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,1% a 17457,35 na esteira dos dados econômicos mais fracos divulgados nos EUA. As ações de energia lideraram as perdas, com Cnooc caindo 6,3% e PetroChina recuou 6,1% em dia de forte queda dos preços do petróleo diante de preocupações com a demanda chinesa.

China continental

Na China continental, o índice Xangai Composto fechou em queda, pressionado por ações de energia e do setor imobiliário, que foram contaminadas pela aversão ao risco generalizada ontem. Xangai Composto cai 0,7% a 2784,28, com PetroChina caindo 5,3% e Cnooc perdendo 5,5%. No setor imobiliário, Poly Developments caiu 2,4% e China Vanke recuou 0,9%. Ontem, foi divulgado que as vendas de imóveis na planta caíram para seu menor nível em 18 anos.

Já o PMI Caixin de agosto mostrou que o setor de serviços segue se expandindo mas a um ritmo menor. O Caixin caiu de 52,1 em julho para 51,6 em agosto em um ambiente de margens apertadas por crescimento nos custos e redução de preços para sustentar as vendas.

O índice Sensex da Índia fechou em queda de 0,74% a 81983,41 também seguindo as perdas

Com informações do Valor Econômico

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