IF HOJE: lockdown na China continua no radar dos investidores nesta terça

Maior surto de Covid-19 que o gigante asiático enfrenta desde o início da pandemia alimenta medo de falta de matérias-primas

Centro de testes de covid na China. Foto: cnsphoto/Reuters
Centro de testes de covid na China. Foto: cnsphoto/Reuters

A China anunciou novos lockdowns no país na segunda-feira (14), derrubando as Bolsas de Valores em todo o mundo. No maior surto de Covid-19 que o gigante asiático já enfrentou desde o início da pandemia, a Comissão Nacional de Saúde da China registrou 1.337 novos casos de infecção pelo novo coronavírus transmitidos localmente em 24 horas, sendo 895 deles na província industrial de Jilin. Pequim proibiu que a maior parte das pessoas deixe a região por causa do surto, forçando diversas empresas a interromper suas operações, o que ameaça as já pressionadas cadeias globais de suprimentos e a economia global.

Por que importa?

A China é a segunda maior economia do mundo e está profundamente ligada a todas as cadeias produtivas globais, fornecendo diversos produtos-chaves para manufaturas de outros países. Uma disrupção neste fluxo pode elevar ainda mais os preços dos materiais, gerando maior inflação global. A desaceleração é uma notícia especialmente ruim para o Brasil, que tem no país asiático seu mais importante parceiro comercial.

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Como afeta seus investimentos?

Depois de forte queda na segunda, as Bolsas de Xangai e de Hong Kong voltaram a fechar em queda, na terça, de repectivamente 4,95% e 5,72%. A Bolsa brasileira B3 também deve ter mais um dia de baixa, acompanhando a queda nas commodities provocadas pelo pessimismo quanto à economia chinesa. O minério de ferro despencou 7,3% hoje, para US$ 143,70, no porto chinês de Qingdao, referência para os preços internacionais. às 8h02, o petróleo tipo Brent recuava 5,5%, para US$ 101,01 o barril.

Fique por dentro:

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Apesar de manifestações isoladas em alguns pontos do país, uma greve generalizada de caminhoneiros como vista em 2018 é praticamente descartada pela categoria. Líderes do setor dizem que os motoristas estão isolados, sem apoio de outros segmentos da economia, e que há gatilhos agora para compensar as perdas com o reajuste do combustível, que não existiam há quatro anos.

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Em evento do jornal Washington Post, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse que as sanções à Rússia teriam um impacto maior na produção econômica global do que a própria guerra, dado o aumento nos preços decorrente do conflito.

Para acompanhar hoje:

  • 9h: Produção industrial regional do Brasil em janeiro
  • 9h30 – EUA: Inflação do produtor nos EUA em fevereiro
  • Começa a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) para decidir os rumos da taxa básica de juros brasileira

(Com informações do Valor Econômico)

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