IF Hoje: Prévia do PIB no Brasil e indicadores de atividade econômica na Europa ditam ritmo dos mercados

Além dos dados importantes no Brasil, no exterior serão divulgados os PIBs na: Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal, União Europeia, México e Canadá

-Foto: Sergio Israel/O Globo

Os mercados nessa sexta-feira (28) funcionarão de olho em importantes indicadores de atividade econômica no Brasil e na Europa. Os Investidores buscam novos sinais que possam antecipar a direção das decisões de juros no Brasil e nos EUA, na próxima Super Quarta, após o feriado do Dia do Trabalho.

No Brasil, a taxa de desemprego pela Pnad Contínua, Inflação ao Produtor e o IBC-Br, prévia do PIB são os dados de maior destaque, enquanto no exterior, sete países da Europa e América do Norte divulgarão seus PIBs.

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No último dia do mês, o Ibovespa ainda tem chance de fechar o período no positivo. O principal índice da bolsa brasileira acumula perdas de 1,38% na semana, ganhos 1,02% neste mês, enquanto desde o início do ano, perde 6,21%.

Agenda do dia

No Brasil, às 9h, serão divulgados os índices de Inflação ao produtor (IPP) de março, além da pesquisa Pnad Contínua, com a nova taxa de desemprego e por fim, o IBC-Br, conhecido como a prévia do PIB.

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Antes disso, às 8h30, a Fazenda vai divulgar os dados da Dívida Líquida x PIB, Balanço Orçamentário e o Superávit Orçamentário de março. Às 10h30, a Receita Tributária Federal.

Os números de Produto Interno Bruto (PIB) serão divulgados na: Alemanha, França, Espanha, Itália, Portugal, União Europeia, México e Canadá.

Dados de inflação ao consumidor na Alemanha, com projeção de recuo de 7,4% para 7,2%, além de IPC na França, Espanha, União Europeia e Portugal.

Mercado ontem

Ibovespa interrompeu, nesta quinta-feira (28), uma sequência de três quedas consecutivas na semana. O índice acionário foi puxado pelo otimismo no exterior após dados econômicos importantes dos Estados Unidos e fechou em alta de 0,6%, aos 102.923 pontos.

Já o dólar fechou em firme queda de 1,52% ante o real e terminou a sessão de hoje negociado a R$ 4,9801.

Investidores repercutiram ontem o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre, que cresceu 1,1% ante o mesmo período no ano passado. Os dados divulgados do Departamento de Comércio do país vieram abaixo da expectativa de crescimento de 2% de analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

O PIB americano cresceu 4% no acumulado de 12 meses ao fim do 1º trimestre de 2023. O resultado foi acima da expectativa do mercado, que era de 3,7%. No comparativo anual, o crescimento foi de 1,1%, abaixo do consenso de mercado de 1,9%.

A previsão de crescimento do PIB para 2023 está em 1,2% hoje, bem abaixo dos 5,9% registrados em 2021 e 2,1% em 2022.

Essa desaceleração econômica pode ser atribuída, em parte, às nove elevações consecutivas de juros, que saíram do intervalo de 0%-0,25% ao ano para 4,75%-5% a.a., visando controlar a alta da inflação nos últimos dois anos.

A probabilidade de recessão para os próximos 12 meses no país está hoje em 65%, de acordo com pesquisas com economistas.

“Apesar dessa situação ser preocupante, o mercado de trabalho ainda apresenta níveis historicamente baixos de desemprego, em torno de 3,5%, o que contribui para a expectativa de pelo menos mais uma elevação de juros nos EUA a ser anunciada na primeira semana de maio”, afirmou o economista Celso Pereira, diretor de investimentos da Nomad.

Já o índice de preços de gastos com consumo (PCE) ganhou força, ao acelerar de 3,7% na leitura passada para 4,2% no primeiro trimestre deste ano.

Ao mesmo tempo, o núcleo do indicador, que exclui os preços dos voláteis itens de energia e alimentos, também anotou aceleração, ao subir 4,9% no primeiro trimestre, ante 4,4% no trimestre anterior.

“A inflação americana fechou o ano de 2022 em 6,3% e a expectativa para esse ano é de 3,9%, ambos acima da meta de 2% do FED. Para controlar a inflação, é inevitável que haja um menor crescimento da economia no país”, completou Celso Pereira.

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