IF Hoje: Mercado avalia IPCA-15 abaixo do esperado e monitora exterior, que segue fazendo preço
IPCA-15 é um dos indicadores mais importantes da semana e será um dos balizadores da próxima reunião de política monetária do Banco Central em junho
O destaque dos indicadores desta quinta-feira (25) fica para a divulgação da inflação da primeira metade de maio pelo IPCA-15 pelo IBGE. O mercado local, no entanto, segue pressionado pelos investidores estrangeiros, avessos ao risco no momento em que os Estados Unidos negociam a elevação do teto de sua dívida interna.
Por aqui também existe a expectativa do anúncio do governo sobre uma política de incentivo às montadoras para a retomada da produção de carros populares. O anúncio deve ser feito pelo presidente Lula e pelo vice, Geraldo Alckmin, que também é ministro da Indústria e Comércio.
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Prévia da inflação acima do esperado
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta quinta-feira (25) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) ficou em 0,51% em maio – após taxa de 0,57% em abril. O resultado ficou abaixo da mediana de projeções coletadas pelo Investing.com, de avanço de 0,64%.
Mas, apesar de o principal indicador do dia ser o IPCA-15, é fato que a reação do mercado acionário será novamente ofuscada pela preocupação com as incertezas referentes ao teto da dívida dos Estados Unidos e pelos temores em torno da recuperação da economia chinesa.
Câmara conclui votação do novo arcabouço fiscal
Com a rejeição de todas as sugestões de mudança feitas pelo PL, a Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira o projeto do novo arcabouço fiscal. O projeto segue para apreciação do Senado Federal, onde há o compromisso do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com uma tramitação célere. O texto-base já havia sido aprovado na terça-feira (23).
O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou que o senador Omar Aziz (PSD-AM) será o relator da proposta no Senado.
Randolfe disse que a intenção do governo é agilizar a tramitação no Senado. “Esperamos aprovar até o dia 15 de junho”, afirmou.
Negociações para a solução do teto da dívida americana
No que diz respeito às discussões sobre o teto da dívida americana, os membros do Fed debateram não só a necessidade de aumentar o limite da dívida para evitar choques financeiros e econômicos, como medidas para responder a uma crise, caso ganhe tamanha proporção.
“Um calote da dívida ameaça criar condições financeiras mais rígidas e interrupções significativas”, diz um trecho da ata da reunião do FOMC.
O impasse nas negociações para um possível aumento do teto da dívida pública americana, que limita a quantidade de recursos que o governo pode pegar emprestado para pagar as suas contas, tem gerado turbulência nos mercados globais.
Enquanto os republicanos, maioria no Congresso, ameaçam não aprovar o aumento do teto da dívida se não houver cortes de gastos sociais do governo, o partido democrata, de Joe Biden, se recusa a reduzir as despesas. E, assim, bate à porta o prazo final.
O limite de dívida dos Estados Unidos, na ordem de US$ 31 trilhões, cerca de R$ 155 trilhões – veja bem, TRILHÕES – foi atingido em janeiro deste ano.
Desde então, o Departamento do Tesouro tem se apropriado de medidas extraordinárias para conseguir honrar com as obrigações do governo e, assim, evitar um calote.
O problema é que, conforme vem alertando a secretária do Tesouro, Jane Yellen, a capacidade de utilização desses recursos deve terminar no primeiro dia útil de junho, quando o país pode ficar sem dinheiro, se o limite da dívida não aumentar.
Agenda
Feriado na Argentina – Dia da Revolução, é um feriado nacional que comemora a revolução de 1810, que resultou no primeiro Governo argentino e a independência da Espanha
No Brasil, a FGV divulga o índice de confiança do consumidor e o IBGE divulga o IPCA-15 de maio
Alemanha reporta seu PIB
Nos Estados Unidos haverá divulgação do PIB de abril e o relatório de inflação do PCE, a pesquisa de preços ao consumidor final, favorita dos membros do Federal Reserve para a decisão de juros.
Os americanos também divulgam os dados dos pedidos de seguro desemprego da semana anterior.
No fim do dia, o Japão divulga o IPC da região de Tóquio.
Mercado ontem
O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (24) pressionado pelos mercados estrangeiros que ainda lidam com o impasse político sobre a elevação do teto da dívida nos Estados Unidos, ainda sem solução na negociação entre o governo e o Congresso americano.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 1,03%, aos 108.801 pontos, enquanto o dólar fechou com recuo de 0,36%, negociado a R$ 4,9539.
Mais cedo, o petróleo Brent fechou em alta de 1,94%, a US$ 78,23 por barril.