IF Hoje: Mercado espera texto final do Arcabouço Fiscal e o saldo da reunião de Lula com equipe econômica

Além dos fatos políticos hoje é o primeiro dia da temporada brasileira de balanços do primeiro trimestre de 2023; Vale divulga seus dados operacionais

O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os investidores vão operar de olho em dois grandes eventos políticos nesta terça-feira. O primeiro diz respeito do envio ao Congresso do texto atualizado do novo Arcabouço Fiscal, que pode conter mudanças capazes de agradar e desagradar o mercado.

O segundo evento é sobre a pauta da reunião convocada ontem pelo presidente Lula, com a participação do ministro Fernando Haddad e os secretários Gabriel Galípolo e Robinson Barreirinhas. Especula-se que seja para avaliar o custo político da taxação de sellers de plataformas como Shein e Shopee.

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Investidores avaliam ainda a possibilidade de o Federal Reserve (banco central americano), realizar mais dois aumentos da taxa básica de juros do país para combater a inflação. Com isso, o sentimento de cautela predomina nos mercados.

Corporativo

Hoje começa a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2023 no Brasil.

A primeira a divulgar seus resultados do período é a Indústrias Romi, após o encerramento das negociações na B3.

A Romi é uma indústria de bens de capital, que fabrica máquinas-ferramenta e máquinas voltadas para o processamento de plásticos, sendo líder nesses segmentos. A companhia atua também na fabricação de fundidos e usinados, exportando para todos os continentes.

Vale

Ontem a Vale teve sua recomendação rebaixada de compra para neutra pelo Citi, assim como o preço-alvo de sua ADR negociada na Nyse, que foi cortado para US$ 16.

O banco atribui o ajuste ao minério de ferro prestes a entrar em um período de fraqueza sazonal no mercado chinês.

Para 2023, o Citi estima um preço-médio para o minério de ferro de US$ 113 por tonelada e de US$ 103 por tonelada no segundo semestre do ano. 

A mineradora vai reportar os dados de produção amanhã (18), após o fechamento do mercado.

Gol Linhas Aéreas

O Goldman Sachs considerou positiva a projeção da Gol sobre o primeiro trimestre, uma vez que os números indicam que o mercado brasileiro continua se recuperando de forma contínua no pós-pandemia.

Ainda assim, de uma maneira geral, os números indicados pela companhia estão um pouco acima das projeções do banco.

A expectativa da Gol de que a capacidade de voos (ASK, na sigla em inglês) suba 11% está em linha com as estimativas do Goldman Sachs, enquanto a projeção de alta de 14% no tráfego de passageiros consolidado (RPK, na sigla em inglês) está acima dos 12% esperados pelo banco.

O banco mantém a sua indicação de compra para as ações da Gol, com um preço-alvo de R$ 12,80, uma valorização potencial de 82,3% nos próximos 12 meses.

Agenda do dia

Reino Unido vai divulgar sua taxa de desemprego, com projeção de 3,8%, além dos rendimentos salariais.

Itália vai reportar sua balança comercial de fevereiro., assim como o bloco da União Europeia.

Canadá terá divulgação de seu IPC de março, de 12 meses e seus respectivos núcleos. As projeções são de 5,4% em um ano e de 0,5% no mês.

Mercado ontem

O Ibovespa e o real passaram por ajustes nesta segunda-feira (17) após os ganhos da semana anterior de 5,42% e 2,8%, respectivamente.

Os investidores se comportaram com cautela à espera da entrega do texto do novo Arcabouço Fiscal ao Congresso, que ocorrerá hoje.

Na sessão de ontem, o Ibovespa fechou em baixa de 0,25%, aos 106.016 pontos depois de abrir a sessão em alta. O dólar, por sua vez, avançou 0,43% ante o real, negociado a R$ 4,9362.

IBC-Br

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,04% em janeiro, na comparação dessazonalizada com dezembro, conforme divulgado nesta segunda-feira pela autoridade monetária. Em dezembro, o indicador teve elevação de 1,41% (dado revisado de alta de 0,29%).

O resultado de janeiro veio acima da mediana das estimativas colhidas pelo Valor Data, de queda de 0,10%. 

Em relação ao mesmo período do ano passado, por sua vez, houve alta de 3,03%. Em 12 meses, o IBC-Br subiu 3,00% e no acumulado do ano a elevação foi de 3,03%.

Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal.

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