Morning call: mercado repercute na bolsa de valores Boletim Focus e ata da reunião do Copom
Mercado hoje acompanha também a teleconferência de resultados do Itaú; confira o que há de mais importante no dia
O morning call de hoje indica que o mercado vai certamente repercutir as duas divulgações mais importantes do dia. A saber: o Boletim Focus e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O documento, aliás, é importante pois pode trazer pistas a respeito de como os integrantes do Comitê enxergam os próximos passos da política monetária. Embora, no horizonte, não esteja nada diferente de um novo corte de meio ponto percentual no próximo encontro do colegiado.
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A taxa básica da economia, a Selic, está em 11,25% após o corte da semana passada. E, em relatório divulgado após a decisão do Copom, o Itaú Unibanco indicou continuar esperando que a Selic termine 2024 em 9% ao ano. O Bradesco, por sua vez, indica uma taxa terminal de 9,25% neste ano. “Uma convergência mais intensa das expectativas, porém, pode abrir espaço para cortes adicionais em relação ao nosso cenário”, acrescentou o banco.
Ontem, a bolsa de valores fechou em alta de 0,32%, aos 127.593,49 pontos. Já o dólar, por sua vez, terminou o pregão em alta de 0,27%, cotado a R$ 4,9818.
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Após o fechamento, o Itaú Unibanco (ITUB4) divulgou o balanço referente ao quarto trimestre do ano passado. Agora, o mercado volta-se para a teleconferência da instituição financeira, que ocorre a partir das 10h desta terça-feira.
Também pode continuar a fazer preço no mercado as repercussões da fusão entre Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3), anunciada oficialmente na segunda-feira (5). De acordo com reportagem do repórter Aluísio Alves, da Inteligência Financeira, o negócio cria uma gigante do varejo com ambições globais.
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Bolsas da Ásia fecham mistas
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, com as chinesas se recuperando de forma vigorosa após sinais de apoio oficial e outras caindo na esteira das perdas em Wall Street ontem.
Na China continental, os mercados exibiram robustos ganhos, depois de caírem por seis pregões seguidos em meio a preocupações sobre a saúde da segunda maior economia do mundo. Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto avançou 3,23% hoje, a 2.789,49 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 5,14%, a 1.506,79 pontos, no seu melhor dia desde fevereiro de 2019.
Em comunicado, o regulador de mercado chinês encorajou empresas a conduzir recompras de ações, declarar dividendos e a tomar outras iniciativas para impulsionar seu valor. Já o Central Huijin Investment, fundo soberano que controla bancos estatais da China e grandes empresas, prometeu ampliar suas compras de ações.
Além disso, o presidente da China, Xi Jinping, deverá ter uma reunião com autoridades para discutir a recente fraqueza dos mercados acionários, segundo fontes anônimas ouvidas pela Bloomberg.
Em Hong Long, o Hang Seng teve ganho de 4,04%, o maior para um único dia desde julho de 2023, encerrando a sessão em 16.136,87 pontos.
Outros mercados da Ásia sentiram o mau humor das bolsas de Nova York, que ontem caíram de forma generalizada com reforço da mensagem de que o Fed, o banco central dos EUA, não está com pressa de começar a reduzir juros. O índice japonês Nikkei caiu 0,53% em Tóquio, a 36.160,66 pontos, e o sul-coreano Kospi recuou 0,58% em Seul, a 2.576,20 pontos. Em Taiwan, não houve negócios hoje em função de um feriado.
Na Oceania, o mercado australiano ficou no vermelho pelo segundo pregão consecutivo, também sob o peso de Wall Street e após o RBA – como é conhecido o BC do país – manter seu juro básico no atual nível de 4,35%. O S&P/ASX 200 caiu 0,58% em Sydney, a 7.581,60 pontos.
Morning call: como foi o fechamento em Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira, diante da alta do rendimento dos Treasuries com a expectativa por um Federal Reserve (Fed) mais cauteloso no processo de relaxamento monetário.
O Dow Jones perdeu quase 275 pontos em uma realização da máxima histórica de fechamento na sexta-feira. O ambiente de baixa propensão ao risco foi reforçado pelo presidente do Fed, Jerome Powell, que afastou ainda mais as chances de uma redução da taxa de juros em março.
Resultados fracos do McDonald’s ajudaram a pesar. Do lado oposto, a Caterpillar disparou com balanço. A Nvidia foi impulsionada a novo recorde depois que o Goldman Sachs elevou o preço-alvo e colocou a empresa em uma seleta lista de ações.
O Dow Jones cedeu 274,30 pontos (-0,71%), aos 38.380,12 pontos. O S&P 500 recuou 15,80 pontos (-0,32%), aos 4.942,81 pontos. O Nasdaq registrou baixa de 31,27 pontos (-0,20%), aos 15,597,68 pontos.
Com informações da Dow Jones Newswires e do Estadão Conteúdo