Investidor brasileiro não deve ter pressa, mostra evento da Inteligência Financeira
Cerca de 150 pessoas participaram do debate com Claudio Sanches (Itaú), Louise Barsi e Marcelo Billi (Anbima), mediado pela jornalista Mara Luquet
No início da noite de quarta-feira (13), cerca de 150 investidores e profissionais do mercado financeiro se reuniram no Itaú Cinema do Bourbon Shopping, em São Paulo, para entender algo simples e complexo ao mesmo tempo. Afinal, como pensa o investidor brasileiro?
A questão foi um dos temas do primeiro evento promovido pela Inteligência Financeira, “Um novo personagem em cena: O investidor brasileiro”, que teve a participação da economista Louise Barsi, que também é contadora e analista CNPI, Claudio Sanches, diretor de produtos e soluções para investidores do Itaú Unibanco e Marcelo Billi, superintendente de educação, sustentabilidade e inovação da Anbima. Todos estavam sob o comando da jornalista e colunista da Inteligência Financeira, Mara Luquet.
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Além disso, a escolha pelo cinema teve como objetivo apresentar o documentário “Como você investe o seu dindim?”, produzido pela Anbima. O filme mostra 30 investidores, de norte a sul do Brasil, com perfis variados.
Tem jovens que investem em criptomoedas, outros que acreditam que aposta é investimento, investidores de crédito público e privado, gente preocupada com a aposentadoria, outros que querem ter uma vida melhor e o aposentado que mostra a estratégia traçada para viver de renda… na praia. O documentário nasceu a partir do levantamento Raio X do Investidor, pesquisa da Anbima que mostra como e de que forma o brasileiro investe.
A importância da inteligência financeira
Em uma de suas falas, Louise Barsi reforçou a importância do controle das emoções para o investidor. “Primeiro porque aposta não é investimento, como muita gente acha que é e como o filme mostrou”, disse ela. Sanches, do Itaú, falou sobre a importância da inteligência artificial, que consegue mostrar o que as pessoas estão buscando. No entanto, há um porém. “Mas a questão é: a gente mostra o que as pessoas querem ouvir ou o que elas de fato precisam?”.
Investir é ter paciência
Um ponto defendido pelos debatedores é que os investidores não devem ter pressa. Em geral, o consenso é que investir é pensar no longo prazo. “Meu pai (Luiz Barsi Filho) levou 50 anos para ser bilionário. E usou a famosa ‘matemágica’. Bolsa é marasmo”, disse Louise Barsi.
Dessa forma, surgiu também outro assunto importante: aposentadoria. “No Brasil ainda não há a cultura da aposentadoria”, disse Sanches. A ideia foi complementada por Marcelo Billi, da Anbima: “Produto de previdência tem um problema reputacional”.
Abaixo você confere um breve resumo sobre o evento:
Colaborou Daniel Navas